Radiolaria em Belo Horizonte. - Divulgação/ Geraldo Bisneto Fotografia

Exclusivo: Radiolaria convida o grafiteiro Ramar para ilustrar o clipe da canção “Beijo de Cinema”

Apesar do single, banda mineira ainda não entrou em estúdio para gravar sucessor de Vermelho

Thiago Neves Publicado em 27/05/2015, às 17h44 - Atualizado às 18h08

por Thiago Neves

A cena independente de Belo Horizonte é, tradicionalmente, um valioso celeiro de novos talentos. Indicados ao 26º Prêmio da Música Brasileira, o Radiolaria está com todo o gás. Em 2014, a banda mineira lançou Vermelho, álbum de estreia. Aproveitando o embalo, o grupo voltou ao estúdio em 2015 para gravar “Beijo de Cinema”. O clipe do novo single é lançado com exclusividade, nesta quarta-feira, 27, no blog Sobe o Som.

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Para Felipe Barros, guitarrista, a inquietude do coletivo é fruto das dificuldades enfrentadas por músicos independentes. “As faixas do Vermelho foram escritas em 2010, mas achamos que elas tinham de ser lançadas. No intervalo de cinco anos produzimos muita coisa. A vontade de entrar em estúdio é constante”, explicou o músico.

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Apesar da diferença cronológica, há coincidências entre as faixas do primeiro registro e do single divulgado em 2015. Barros, no entanto, ressalta a evolução sonora do grupo. “As músicas de Vermelho tem um aspecto saudosista, durante a gravação queríamos uma sonoridade que remetesse aos anos 1960”, explica o músico. “Para ‘Beijo de Cinema’ nos preocupamos em deixar os instrumentos mais abertos, assumindo uma estética mais contemporânea”, continua.

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Gravado nos fundos de um estúdio na capital mineira, o vídeo de “Beijo de Cinema” conta imagens do grafiteiro Ramar produzindo uma obra. “O Pedro [Rios, tecladista da banda] é um dos sócios desse estúdio. A parede era subutilizada e eles sempre quiseram fazer algum tipo de intervenção nela, aproveitamos a ideia e adequamos ao tema da canção”, explica o guitarrista.

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Segundo o músico, o processo de idealização do clipe foi bem simples. “Fizemos uma reunião e contamos a história da música, daí deixamos a arte por conta do Ramar”. Ao longo do vídeo, o grafiteiro apresenta diversas referências clássicas do cinema, revelando ao fim uma pintura que parece sentir a melodia do Radiolaria.

Preocupado em produzir material autoral, Felipe Barros comemorou a crescente valorização da música independente em Belo Horizonte. “Cada vez mais as pessoas querem ouvir coisas novas. Músico independente existe até debaixo d’água, o grande avanço vem do público. É uma boa época para se criar”, finalizou.

Veja o clipe de “Beijo de Cinema”:

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