- Selton Mello: 40 Anos de Cinema (Foto: Divulgação/MUBI)
40 anos

Carreira de Selton Mello é celebrada em especial da MUBI; confira filmes que chegam ao streaming

Como parte da iniciativa que celebra os 40 anos da carreira de Selton Mello, a MUBI criou o especial 'Selton Mello: 40 Anos de Cinema'

Heloísa Lisboa (@helocoptero) Publicado em 23/11/2023, às 15h58

A MUBI — produtora, distribuidora e serviço de streaming — anunciou o especial Selton Mello: 40 Anos de Cinema, como parte da iniciativa que celebra os 40 anos de carreira do cineasta.

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Seis filmes "que mostram o talento raro e a versatilidade de um dos principais nomes do cinema brasileiro de todos os tempos" chegam à plataforma nesta sexta-feira, 24. Confira os títulos:

Lavoura Arcaica (2001)

Em São Paulo nos anos 1940, Pedro (Leonardo Medeiros, Cabra Cega) é encarregado de trazer de volta seu irmão André (Selton Mello), que se afastou da família por ter um pai dominador (Raul Cortez, O Caso dos Irmãos Naves), uma mãe excessivamente afetuosa (Juliana Carneiro da Cunha, Vazante) e pelo ciúme de Pedro em relação ao favoritismo do pai. O que complica a volta de André é o relacionamento incomum dele com sua irmã, Ana (Juliana Carneiro da Cunha, O Ano em Que Meus Pais Saíram de Férias). Considerado um dos melhores filmes brasileiros já realizados, esta saga familiar de Luiz Fernando Carvalho é estrelada por Selton Mello, em uma atuação avassaladora, como um filho pródigo dominado por desejos e tabus. Foi premiado em diversos festivais, dentre eles, Festival de Cinema Mundial de Montreal, Festival do Rio, Mostra Internacional de Cinema de São Paulo e Festival Internacional de Cinema Independente de Buenos Aires.

O Cheiro do Ralo (2006)

Dirigida por Heitor Dhalia, esta comédia sombria narra a história de Lourenço (Selton Mello), dono de uma loja de penhores que compra objetos usados de moradores desesperados, seja para seus jogos perversos de poder ou para o próprio sustento. Porém, ele perde o controle de sua vida ao conhecer uma garçonete (Paula Braun, Vida de Balconista) e com o cheiro do ralo de sua loja. Selton Mello empresta seu charme irresistível a uma personificação sombria e cômica do narcisismo em uma atuação magistralmente complexa. Em 2006, o filme foi premiado na Mostra de São Paulo e no Festival do Rio. No ano seguinte, foi exibido no Festival de Sundance.

Uma História de Amor e Fúria (2013)

Selton Mello empresta sua voz icônica para esta animação, dirigida por Luiz Bolognesi, sobre um homem de quase 600 anos que acompanha a história do Brasil. Enquanto busca a ressurreição de sua amada, Janaína (Camila Pitanga, Saneamento Básico – O Filme), ele atravessa batalhas entre tupinambás e tupiniquins, antes dos portugueses chegarem ao país, passando pela resistência à ditadura militar até a guerra pela água em 2096. Recebeu o prêmio de Melhor Filme no Festival de Cinema de Animação de Annecy em 2013.

A Erva do Rato (2008)

Dois estranhos se conhecem (Selton Mello e Alessandra Negrini, 2 Coelhos) em um cemitério à beira-mar, e ele assume o cuidado dela, criando uma relação única, contando histórias e a fotografando. Tudo muda quando um rato destrói as fotos e ele começa a perceber que o rato tem um papel mais profundo em sua vida do que parece. Com direção de Júlio Bressane e Rosa Dias, é inspirado em dois contos de Machado de Assis. Foi exibido no Festival de Veneza de 2008.

Feliz Natal (2008)

Caio (Leonardo Medeiros) tem 40 anos e trabalha em um ferro-velho no interior. Próximo ao Natal, ele decide retornar para casa. Hoje, Caio possui uma companheira e uma ocupação constante, mas no passado levou uma vida de grande irresponsabilidade, marcando sua família com uma tragédia que parece não ter fim. A proximidade do Natal faz com que ele faça um balanço, decidindo retornar para casa, e sua visita pode incendiar um lar já em ruínas. Uma joia rara redescoberta pela MUBI. A estreia poderosa de Selton Mello como diretor mergulha no coração sombrio da época festiva, marcando o retorno às telas do ícone dos anos 1960 Darlene Glória. Oscilando entre realismo e poesia visual, rodada em 16mm, o cineasta escala o peso sufocante do desgosto familiar. Foi exibido e premiado em diversos festivais, entre eles, o Festival de Havana, Festival do Rio e Mostra Internacional de Cinema de São Paulo.

O Palhaço (2011)

Benjamim (Selton) e Valdemar (Paulo José, Macunaíma) formam a fabulosa dupla de palhaços Pangaré e Puro Sangue. Eles vivem pelas estradas na companhia da divertida trupe Circo Esperança. Mas Benjamim acredita que perdeu a graça e parte em uma aventura para realizar um sonho. Como diretor, co-roteirista e protagonista, Selton Mello reinventa o filme de estrada com esse sucesso de bilheteria elegante e profundo. Revelando a melancolia existencial por trás de um sorriso pintado, o longa contempla a vida de ator e os fardos do legado familiar com um raro senso de humor. O filme, um clássico contemporâneo, foi um sucesso gigante de bilheteria e crítica, premiado em dezenas de festivais pelo mundo, dentre eles, o Festival Internacional de Cinema de Chicago em 2011, e no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro em 2012, em que se tornou o filme mais premiado de todas as edições, arrebatando 12 prêmios, um recorde intacto até hoje na festa da Academia do Cinema Brasileiro.

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