Anne Frank: Livro 'feriu dignidade de sobreviventes do Holocausto' ao apontar suposto traidor da menina, afirma Congresso Judaico Europeu

A editora norte-americana Harper Collins lançou a edição em inglês do livro The Betrayal of Anne Frank: A Cold Case Investigation (2022), de Rosemary Sullivan, publicado em 18 de janeiro e traduzido no Brasil como Quem Traiu Anne Frank? Agora, o principal grupo da comunidade judaica na Europa, chamado Congresso Judaico Europeu, pediu que o título fosse retirado. Entenda o porquê, de acordo com informações do R7.

O livro alega que Arnold van den Bergh é o principal suspeito de expor o esconderijo da família Frank aos nazistas. No entanto, o Congresso Judaico Europeu, apoiado por pesquisadores do assunto, critica as informações apresentadas: segundo o grupo, é uma "reivindicação potencialmente incendiária [...] em um momento em que o antissemitismo, a negação e a distorção do Holocausto estão em ascensão."

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O Congresso é sediado em Bruxelas (Bélgica), e representa 42 comunidades nacionais e alegam que o retrato de van den Bergh afeta a dignidade dos sobreviventes do Holocausto e mancha a memória de Anne Frank. De acordo com carta vista pela Reuters de Moshe Kantor, presidente do grupo: "Em nossa opinião, a publicação [...] feriu profundamente a memória de Anne Frank, bem como a dignidade dos sobreviventes e vítimas do Holocausto."

A editora holandesa do livro, chamada Ambo Anthos, também sofreu repercussões após a publicação de The Betrayal of Anne Frank: A Cold Case Investigation. No entanto, suspendeu a impressão da obra e pediu desculpas pelo erro cometido em e-mail também visto pela Reuters. Enquanto isso, a Harper Collins não respondeu aos pedidos de comentário.

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