Lana Del Rey - Ilustração:Andreas Gefe

Ultraviolence

Lana Del Rey

Caryn Ganz Publicado em 15/07/2014, às 10h54 - Atualizado às 12h09

Quando apareceu há três anos, Lana Del Rey era uma provocadora já formada. Ao introduzir sabores não experimentados na música pop, ela se transformou em uma artista tão relevante quanto Lady Gaga. O fato de ninguém conseguir classificá-la com precisão já torna Lana uma figura obrigatória. Dois anos depois de Born to Die (2012), a cantora ainda transmite uma imagem tristonha. Ultraviolence é um melancólico passeio por romance, vícios incorrigíveis e sonhos exagerados. Ela chamou Dan Auerbach para produzir e o músico, metade do Black Keys, introduz atitude de blues e guitarra psicodélica no som de Lana. Mas a cantora mantém firme a épica estética cinematográfica do começo da carreira no single “West Coast”. Já “Cruel World” destaca um riff e letra sobre amor e loucura. “Shades of Cool” é uma valsa com um penetrante solo de Auerbach e cordas imponentes. A voz soprano de Lana torna a faixa perfeita para um imaginário filme de James Bond dirigido por Quentin Tarantino. “Sad Girl” parece ser a canção-tema de Lana: “Sou uma garota má/ Sou uma garota triste”, ela anuncia, com a voz mudando de um tom infantil para um registro sedutor. A artista já declarou que nunca achou o feminismo um conceito interessante, mas brinca com poder sexual em “Fucked My Way Up to the Top”. Em “Money Power Glory”, Lana diz que trocaria religião pelo poder absoluto. O sonho americano dela não poderia ser mais honesto.

Fonte: Universal

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