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Fim de Festa

Redação Publicado em 07/12/2010, às 14h33 - Atualizado em 08/12/2010, às 17h28

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Lost

A mais comentada série da década abusa da melancolia em seu aguardado desfecho

Chegou um momento em que ninguém mais se importava com o que aconteceria na cena final de Lost. Tudo o que se desejava era que o sofrimento acabasse. Faça as contas: de 2004 para cá se foram seis anos, 121 episódios oficiais, algumas dezenas de mortos (Rodrigo Santoro entra nessa lista ingrata), dúzias de acontecimentos inexplicáveis (ou alguém aceita serenamente a existência de uma fumaça que se transforma em gente?). A expectativa era tão intensa que a ressaca foi proporcional: tanto que nem durou muitos dias a discussão sobre se o desfecho correspondeu à tamanha celeuma. O fato é que nem os mais apaixonados sabiam dizer se engoliram o fim da história, sustentado por referências ao espiritismo e sem dar muita bola para pontas soltas. Culpe aí o excesso de expectativa: qualquer que fosse o destino de Jack, Kate, Locke e a ilha, dificilmente eles teriam aceitação unânime. A sexta temporada chega ao formato caseiro em cinco discos, trazendo como chamariz o “epílogo” da trama, o micro episódio The New Man in Charge, que supostamente ajudaria a jogar luz sobre algum as das questões sem resposta (um aviso para quem não viu: o vídeo de 12 minutos não diz quase nada sobre o que você realmente queria saber). O restante dos extras também exagera na melancolia: um punhado de documentários que dão ênfase ao broxado clima de fim de festa que assolou as filmagens dos capítulos derradeiros.

PABLO MIYAZAWA

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