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Scott Pilgrim contra o Mundo

Redação Publicado em 10/11/2010, às 12h11 - Atualizado em 12/11/2010, às 02h10

Edgar Wright

Michael Cera, Kieran Culkin, Mary Elizabeth Winstead

Em Ritmo de Quadrinho

Adaptação cinematográfi ca de badalada HQ tem pique vertiginoso

Antes de assistir a scott pilgrim contra o mundo, é preciso estar ciente de que boa parte do que você conhece a respeito da estrutura narrativa de um filme mudará. Uma boa sugestão para amenizar o impacto é ler os quadrinhos de Bryan Lee O’Malley, nos quais o longa foi baseado. Isso porque a velocidade em que a história é contada chega a assustar. Os cortes são tão rápidos e – mais do que isso – inesperados que o espectador precisa de alguns minutos para se acostumar com o ritmo. Em Scott Pilgrim, o personagem título se apaixona por uma garota recém-chegada à cidade. Mas, para poder ficar com ela (Mary Elizabeth Winstead), ele (interpretado por Michael Cera) precisa derrotar – sim, com lutas – os sete ex-namorados dela. No meio disso tudo entram dezenas de referências ao universo da cultura pop. Se Quentin Tarantino popularizou essa ideia, o diretor Edgar Wright maximizou tudo. A grande diferença é que, enquanto Tarantino usava o pop como mensagem, Wright o usa como meio – e aqui entram as inúmeras citações verbais e estruturais ao universo dos videogames. Com estreia prevista inicialmente só para São Paulo e Rio de Janeiro, o filme é uma experiência completa – mesmo para quem leu os seis volumes da HQ. Como o filme foi feito antes do lançamento do último livro (são seis, no total), o final foi escrito pelos roteiristas com recomendações de O’Malley. Há alguma semelhança, mas pouca. Então, até para os fanáticos há surpresas.

Por Paulo Terron

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