Longa não complica ao falar de separação e desolação. -

Dois Lados do Amor

Ned Benson

Érico Fuks Publicado em 24/03/2015, às 10h29 - Atualizado às 10h34

Talvez seja mera coincidência, mas existem semelhanças entre o comportamento da protagonista Eleanor Rigby (Jessica) e a letra da música homônima dos Beatles, que coloca pessoas solitárias em primeiro plano. Ela é casada com Conor Ludlow (McAvoy), mas um acidente trágico a leva a separar-se do marido e recomeçar a vida. Esse é o ponto de partida para Ludlow não só perseguir a ex-esposa mas também tentar entender o que se passou entre eles. O filme dialoga com a dicotomia entre a necessidade da solidão e o desespero de se ter uma companhia. Econômico nas construções de cena, Dois Lados do Amor traz a sensação de convívio do espectador com pessoas comuns do dia a dia, e é segmentado por pontos de vista de cada um dos protagonistas, vagueando por ambientes e diálogos corriqueiros. É por meio dessa aparente simplicidade que se busca uma reflexão mais profunda e menos pretensiosa sobre a reconstrução de pessoas em crise.

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