GRAÇA CONTRA A DITADURA Rogen (ao centro), Franco e uma amiga na Coreia do Norte. -

A Entrevista

Seth Rogen

Stella Rodrigues Publicado em 13/02/2015, às 13h34 - Atualizado às 13h53

É um fenômeno que entrou para a história: a comédia regular (com momentos inspirados e partes descartáveis) que foi responsabilizada pela iminência de uma guerra (que nunca veio, ainda bem). A Entrevista conta a história de um apresentador de talk show (Franco) e seu produtor (Rogen), que levam ao ar uma dessas bobagens televisivas à la Ryan Seacrest — mas tem quem goste. Dentre esses, o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un. A dupla parte rumo ao país oriental em busca de uma entrevista, mas acaba incumbida pelo governo norte-americano de assassinar o ditador. O longa provavelmente não teria sido um grande marco não fosse pela reação da Coreia do Norte, que, de forma nada surpreendente, condenou o título. E (possivelmente) não parou por aí: segundo os Estados Unidos, o país foi responsável por hackear os servidores da distribuidora do longa, a Sony, e fazer ameaças aos cinemas que exibissem o filme. Agora, ele arrumou um espaço dentro do sentido mais amplo do termo cult e virou a comédia que todo mundo assistirá para não ficar de fora do papo de bar.

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