Phoenix e Hoffman em delicada relação -

O Mestre

Paul Thomas Anderson

P.T. Publicado em 11/01/2013, às 17h32 - Atualizado às 17h37

Religião e relações entre guru e discípulo são discutidas de forma cerebral

Paul Thomas Anderson detesta pensar pelo público, por isso não é apreciado pelos preguiçosos. Seu sexto filme é a história ficcional de Lancaster Dodd (Philip Seymour Hoffman), que na década de 50 lidera um culto chamado A Causa. Dodd começa a fazer a cabeça de um perturbado veterano da segunda Guerra chamado Freddie. Quell (Joaquin Phoenix). No processo, Hoffman levanta sua voz para chamar atenção ou a abaixa como um sussurro aveludado com resultados hipnóticos. Mas é o que o guru tenta esconder - seu sorriso interno, suas raivas repentinas, sua conexão com o coração feral de Freddie - é o que torna o retrato monumental. Phoenix completa a maestria de Hoffman, encarnando Freddie como um nervo cru e exposto. O Mestre não se esguia em alfinetar o negócio da religião e suas técnicas de lavagem cerebral. Cientologia? Julgue você mesmo. O elemento humano sangra na tela nas profundas interpretações oferecidas por Hoffman e Phoenix. Em sua intrincada dança de lealdade e traição, O Mestre se mostra sedutoramente enigmático.

Elenco: Philip Seymour Hoffman e Joaquin Phoenix

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