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Tecnobrega: o Pará Reinventando o Negócio da Música

Redação Publicado em 11/03/2009, às 23h29

Ronaldo Lemos e Oona Castro

Aeroplano

Enquanto os alicerces do modelo tradicional da indústria musical ruíam no começo desta década com as inovações tecnológicas e comportamentais trazidas pela internet, em Belém do Pará a turma do tecnobrega usou esses elementos para forjar o seu próprio esquema de negócio. Resultado de um extenso trabalho de pesquisa coordenado pelo advogado especialista em direitos autorais Ronaldo Lemos e pela jornalista Oona Castro, o livro é um raio-x profundo das engrenagens que movem esse curioso mercado e traz importantes revelações. Uma delas seria a inversão de papéis dos divulgadores: enquanto no modelo tradicional os principais divulgadores da música são as rádios e outros veículos especializados, no tecnobrega isso fica a cargo dos camelôs e de alguns DJs. O total desapreço pelos direitos autorais, em troca de uma suposta divulgação feita por uma reprodução não-autorizada, é outra de deixar executivo de grande gravadora arrepiado. Mas a mais importante é saber que, abrindo mão de uma grande margem de lucro, a música, independentemente do estilo, cumpre a sua função social primordial: entreter

Leonardo Dias Pereira

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