Os detalhes do fundo do poço de uma vida na Cracolândia - DIVULGAÇÃO

Vinte Mil Pedras no Caminho

Fabian Penyy Nacer com Jorge Tarquini

BRUNA VELOSO Publicado em 09/12/2015, às 15h21 - Atualizado às 15h29

Apesar do tema pesado, dá para dizer que Vinte Mil Pedras no Caminho – A História de um Piloto de Avião Que Se Tornou Morador da Cracolândia é escrito de forma leve. A trajetória de Fabian Penyy Nacer, um rapaz de classe média que viveu o inferno do crack, é contada com a ajuda do jornalista Jorge Tarquini. Assim como fez em outra autobiografia, O Doce Veneno do Escorpião – Bruna Surfistinha, Tarquini ajuda a manter um tom coloquial, capaz de agradar tanto a leitores bissextos quanto a contumazes. A escrita flui, mas o biografado pode causar, em alguns momentos, certa antipatia no leitor que já tiver tido contato com outros relatos de vício, como A Noite da Arma, do saudoso jornalista David Carr, e Retrato de um Viciado Quando Jovem, do autor e editor literário Bill Clegg. Nesses dois casos, os narradores não buscam culpados nem realizam afirmações como se fossem verdades absolutas. Não dá para dizer o mesmo de Nacer. Embora no decorrer do livro reafirme sua responsabilidade nas próprias escolhas, ele por vezes deixa escapar alguns “dedos na cara”. “Tenho certeza de que se ela [Clarice, madrasta de Nacer] tivesse sido minha mãe, eu não teria vivido 22 anos nas drogas” ou “Só está na rua quem quer” são dois exemplos disso.

Fonte: Geração

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