Faixa-título do novo álbum do Guns faz críticas ao Governo do país; MySpace do grupo está liberado
Da redação Publicado em 25/11/2008, às 12h19
O tão aguardado disco de inéditas do Guns N' Roses não está à venda na China, informa a agência de notícias Efe. A faixa-título de Chinese Democracy (em português "democracia chinesa") faz críticas ao Governo do país.
Qin Gang, porta-voz do Ministério de Assuntos Exteriores da China, afirmou em uma entrevista coletiva nesta terça-feira, 25, que os integrantes da banda comandada por Axl Rose são "barulhentos" e "imaturos". Para Gang, o tipo de música feita pelo Guns agrada a poucas pessoas.
Apesar de não estar disponível nas lojas do país, o álbum podia ser ouvido na íntegra no MySpace - no momento, apenas trechos de seis faixas estão disponíveis para audição na página. A Geffen, gravadora do Guns, afirmou que é improvável que o disco seja vendido no país.
O país asiático já tomou medidas de censura contra músicas anteriormente: no último mês de agosto, durante as Olimpíadas de Pequim, o Governo do país bloqueou o acesso ao disco Songs For Tibet no iTunes, que reuniu músicas de 17 artistas a favor da independência do Tibete, que vive sob domínio dos chineses há 58 anos. Em março, o Governo chegou a afirmar que ia intensificar a fiscalização sobre shows de artistas estrangeiros no país, depois de Björk gritar "Tibet!" ao final da música "Declare Independence", em uma apresentação em Xangai. Dias depois, desmentiu a declaração.
"Chinese Democracy", a música, cita o grupo budista Falun Gong, tornado ilegal pelos chineses há quase uma década. O novo disco do Guns N' Roses, do qual Axl Rose é o único integrante original, levou quase 15 anos para ser produzido, e vem sendo anunciado (com supostas datas de lançamento canceladas) desde 2001. O álbum chegou às lojas do Reino Unido no último domingo, 23, e deve estar disponível no Brasil a partir desta terça, 25.
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