Em um artigo publicado no The Guardian, Courtney Love critica a indústria e afirma o Hall do Rock 'cheira a ignorância e hostilidade propositais'
Fernanda Decaris (@ferdecaris) Publicado em 18/03/2023, às 15h35 - Atualizado em 21/03/2023, às 18h30
Em um artigo publicado no The Guardian, Courtney Love expôs o sexismo presente no Hall da Fama do Rock and Roll. Segundo Courtney observou, de todos os indicados ao Hall da Fama, apenas 8,48% são mulheres, acrescentando que “o conselho de indicação, entre eles músicos e elites da indústria, são 90% do sexo masculino”.
“A criação de cânones do Rock Hall não cheira apenas a controle sexista, mas também a ignorância e hostilidade propositais”, escreveu ela.
A ex-vocalista do Hole ressalta que Irmã Rosetta, uma das pioneiras e considerada a 'madrinha do rock n roll' só entrou para o Hall da Fama do Rock em 2018. Love também cita Big Mama Thornton, fora do Hall até hoje. Love também apontou outros erros indesculpáveis:
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“Levou mais de 30 anos para o Rock Hall introduzir Nina Simone e Carole King. Linda Ronstadt lançou sua estreia em 1969 e se tornou a primeira mulher a encabeçar estádios, mas foi indicada ao lado do Nirvana em 2014."
Courtney Love usa o artigo para confrontar a indústria e afirma que a música está em constante evolução e as organizações não são capazes de acompanhar tais transformações.
"Que vergonha para a HBO por sustentar essa farsa. Se o Rock Hall não estiver disposto a olhar para as formas como está replicando a violência do racismo estrutural e do sexismo que os artistas enfrentam na indústria da música, se não puder honrar adequadamente o que artistas visionárias criaram, inovaram, revolucionaram e contribuíram para a música popular – bem, então deixe-o ir para o inferno em uma bolsa."
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