Cyndi Lauper pede "poder ao povo" no fim de seu show em São Paulo (13/11) - Stephan Solon/Divulgação

Cyndi Lauper faz show emocionado

Aos 55 anos, loira do hit “Girls Just Wanna Have Fun” exibiu seus agudos - em dia - e divertiu a platéia, em São Paulo

Por Carolina Requena Publicado em 14/11/2008, às 15h22

Na terceira canção do show, Cyndi Lauper repete: "Estou de volta, estou de volta", marchando acelerada pelo palco. "Grab a Hold" faz parte do novo Bring Ya To The Brink, que a cantora - sucesso oitentista - lançou neste ano, e do qual tocou cinco músicas na noite desta quinta-feira, 13, em São Paulo, para casa cheia de fãs.

Com fundo de palco preto e a maioria dos integrantes da banda também vestidos de preto, inclusive Cyndi (o corpo todo coberto, exceto o colo, exposto num decote comportado), o show teve seus pontos altos - dos vocais e da platéia -, nas canções do clássico pop She's So Unusual, de 1983.

Ao subir no palco, Cyndi mandou logo um hit: "Change of Heart", do disco True Colors, de 1986. Aos 55 anos, a loira, com metade do cabelo comprido e a outra metade cortada acima da orelha, acompanhou as batidas da música com explosões corporais de roqueira, tocando fogo na platéia, que já havia gritado seu nome em coro diversas vezes antes de o show começar.

Na seqüência, duas canções do disco mais recente ("Set Your Heart" e "Grab a Hold") não empolgaram, a primeira, em particular, por não valorizar a potência vocal de Cyndi. Mas logo que a cantora começou a se comunicar com a platéia, inclusive recorrendo a um dicionário, a empatia foi resgatada - à base de risadas, já que Lauper não conseguiu montar nenhuma frase compreensível.

"She Bop" foi o primeiro momento-coro da noite, que aqueceu os fãs para a nova - e boa - "Echo" (trabalho que rendeu uma participação de Cyndi no seriado adolescente Gossip Girl; outra canção do disco novo foi parar em Ugly Betty). Funkeada, "Echo" explora um vocal menos agudo de Cyndi Lauper, lembrando trabalhos da alemã Nena, loira contemporânea da norte-americana.

Outro destaque, deixado para o fim do show, foi a bem arranjada "I Drove All Night" (conhecida também nos vocais de Roy Orbison, que gravou o hit anos depois de Cyndi), em que a frontwoman abusou de sua extensão vocal e provou que continua cantando como há vinte anos.

Goonies e poder ao povo

O bis deu conta de tudo o que ainda estava faltando: "The Goonies 'R' Good Enough", trilha oficial do ícone do cinema de aventura dos anos 80 Os Goonies, além de "Time After Time" e, é claro, do hino "Girls Just Wanna Have Fun", em que Cyndi apontou repetidamente o microfone para a platéia, que gritou a plenos pulmões.

A chave de ouro ficou por conta do retorno da cantora ao palco para cantar "True Colors", somente acompanhada de sua guitarra de colo e com um foco de luz sobre si. As pessoas declamaram palavra por palavra. Cyndi interrompeu a música e, com os olhos marejados e ameaçando a maquiagem, ergueu o braço direito, com o punho fechado, explicando à platéia que o gesto significava "poder ao povo". "Jamais percam a esperança", emendou. Depois de finalizar a canção, desejou feliz natal e prometeu: "A gente se vê no ano que vem".

cyndi-lauper

Leia também

Por que Ryan Gosling recusa papéis 'sombrios' em Hollywood?


Dua Lipa desabafa sobre meme que ela não dançava bem: 'Humilhante'


Bebê Rena: Episódios são 'como facadas curtas e afiadas', diz Stephen King


Janelle Monáe entra no projeto musical de Pharrell Williams e Michel Gondry


Kevin Spacey critica série sobre ele: ‘Tentativa desesperada de classificações’


Viúvo de Donna Summer comenta processo contra Kanye West por sample