A bela apresentação da dupla não combinou com a ocasião e o som irregular atrapalhou em alguns momentos
Stella Rodrigues, do Rio de Janeiro Publicado em 25/09/2011, às 02h08 - Atualizado às 02h18
Milton Nascimento e Esperanza Spalding subiram ao palco com mais de uma hora de atraso. A chuva foi a alegação para que a performance demorasse tanto. De qualquer forma, quando os músicos deram as caras, compensaram mostrando o que tinham preparado para o aguardado encontro: belos arranjos misturando jazz e MPB, com baixo elétrico (dela), contrabaixo (também dela), sanfona (dele), além de versões emocionantes de músicas de Milton.
O brasileiro definiu a linda e carismática Esperanza, que foi escolhida a artista revelação do Grammy do ano passado, como uma parceira que irá levar para toda vida. E deveria cumprir o que disse, pois a junção das vozes funcionou bem.
Se algo deve ser repensado é a acústica e o ambiente em que o show deles deve acontecer. O palco aberto, com sonoridade irregular, e o contexto de show em um festival atrapalharam mais do que a chuva. A plateia, boa parte dela com camisetas do Red Hot Chili Peppers, se espalhou logo, por mais afinada que fosse a voz da norte-americana e por mais clássicas que sejam canções de Milton como "Eldorado", "Para Lennon e McCartney” e “Ponta de Areia”.
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