Sete Homens e Um Destino - Reprodução

Sete Homens e Um Destino, remake de clássico do western, tem emoção e bom elenco

Longa de Antoine Fuqua estreia nesta quinta, 22

Paulo Cavalcanti Publicado em 22/09/2016, às 16h25 - Atualizado às 16h43

Apesar do western (ou faroeste, como chamado por aqui) estar longe do público jovem e urbano, o estilo ainda tem alguns adeptos, especialmente aqueles que se interessam pela história do cinema e suas diversas vertentes. Para quem aprecia o estilo, vale assistir ao remake de Sete Homens e Um Destino. Na verdade, a versão original, de 1960, já era uma adaptação de Os Sete Samurais (1954), clássico do cinema japonês dirigido pelo mestre Akira Kurosawa.

Existem diferenças, mas a premissa deste novo filme é praticamente a mesma do clássico feito há 46 anos sob a batuta de John Sturges, e com Yul Brynner, Eli Wallach, Steve McQueen e Horst Buchholz encabeçando o elenco. A cidade de Rose Creek é habitada por gente honesta, trabalhadora e religiosa. Um dia chega por lá o barão de terras Bartholomew Bogue (Peter Sarsgaard), que quer se apossar da região e se oferece para comprar o local por centavos. Quando a população diz "não", o arrogante Bogue ordena que os capangas queimem a igreja. Os bandidos matam a sangue frio vários habitantes. O vilão vai embora, mas avisa que eles e seus comandados voltarão em algumas semanas. Se ele não ficar com a terra, todos serão executados.

O xerife é um corrupto controlado por Bogue, o que deixa a população sem opção de defesa. Então, a jovem viúva Emma Cullen (Haley Bennett), esposa de um dos assassinados, procura soluções enquanto Bogue não retorna. Com dificuldade, ela convence o caçador de recompensas Sam Chisolm (Denzel Washington) a ajudá-la. Chisolm é totalmente cool, não mostra emoções, mas é profissional e confiável. Ele não quer encrenca, sabendo que Bogue comanda um exército de assassinos. Contudo, ele aceita o ouro oferecido por Emma.

É aí que Chisolm convoca os outros "magníficos" a que o título original faz alusão (The Magnificent Seven). São eles Faraday (Chris Pratt, um jogador charmoso bom de conversa e que gosta de explodir coisas); Goodnight Robicheaux (Ethan Hawke, um ex-soldado confederado com mira impecável, mas que agora tem dúvidas sobre suas habilidades ); Billy Rocks (Byung-hun Lee, o melhor amigo de Robicheaux, tão rápido com um revolver quanto é com uma faca); Vasquez (Manuel Garcia-Rulfo, um mexicano cínico sem nada a perder); Jack Horne (Vincent D’Onofrio, um ermitão das montanhas que cita a Bíblia enquanto mata seus oponentes) e Red ¬Harvest (Martin Sensmeier, um arqueiro comanche que conhece a região do conflito como a palma da mão).

Boa parte do filme é uma antecipação para o climático final, que vai colocar frente a frente os mercenários "do bem" com os bandidos sem rosto comandados por Bogue. Mas enquanto isso não acontece, a interação entre os atores fazem valer a obra valer. Washington, D’Onofrio, Platt, Hawke e os outros se divertem na pele dos caubóis impiedosos. A sequência em que a trupe tenta ensinar os pacatos habitantes a usar armas e se defender é uma delícia. Em um momento mais sério, os mercenários filosofam sobre como é difícil a vida deles, eternos párias que provavelmente morrerão antes de desfrutar das recompensas.

O diretor Antoine Fuqua não mede esforços pra que o longo confronto final seja inesquecível e tenso. Boa parte do filme foi rodado em Baton Rouge, Louisiana. A cinematografia remonta a vários clássicos do western. Os tiroteios e cenas de ação são muito bem coreografadas. A narrativa não afrouxa um instante sequer. Quem conhece o filme original sabe que, apesar de inúmeras baixas e de sacrifícios pessoais, os mocinhos vencem. Mas o final agora apresenta surpresas, reviravoltas e surpreendentes motivações, evitando que tudo se tornae previsível. James Horner concluiu o escore um pouco antes de morrer em de 2015 em um acidente aéreo. Naturalmente, ele cita a icônica trilha original de Elmer Bernstein.

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