- Jimmy Page (Foto:Evan Agostini/AP)

Jimmy Page está satisfeito com as reuniões do Led Zeppelin - e isso não é promissor

"Sim, fizemos um ótimo trabalho. Mas eu não acho que vai haver outro", conta Page

Redação Publicado em 22/04/2019, às 11h14

Quando Jimmy Page era um jovem estudante, ele desenvolveu uma relação inseparável com a sua guitarra, que muitas vezes os funcionários da escola tinham que confisca-lo.

"Eles me devolviam no final do dia. Mas isso acontecia constantemente", conta Page.

Essa dedicação funcionou para Page, que acabou levando o Led Zeppelin ao auge com um dos equipamentos mais poderosos da história do rock.

+++ Solta o riff! Rolling Stone Brasil vai premiar o melhor riff com prêmios exclusivos no Instagram 

Alguns dos instrumentos que ele utilizou para criar as músicas do Zeppelin estão na exposição Play It Loud: Instrumentos do Rock e Roll no Museu Metropolitano de Arte em Nova York.

Sete das guitarras de Page e algumas vestimentas foram cedidos para a exposição, ao lado dos equipamentos de algumas outras lendas como Chuck Berry, Jerry Lee Lewis, Bo Diddley e John Lennon.

Ao visitar a exposição, Page deu uma entrevista para a Associated Press para discutir o legado da banda, o motivo de suas músicas durarem tantos anos e as perspectivas para um show de reencontro.

AP: O quão frustrante são as questões sobre um encontro do Led Zeppelin? Você não estava completamente satisfeito com o Live Aid ou com o show que comemorava o 40º aniversário da Atlantic Records em 1988. E a respeito do show de 2007 em Londres?

Page: Estou muito satisfeito por termos feito isso, porque nós meio que ainda parecemos com o que somos agora e, sim, fizemos um ótimo trabalho. Mas eu não acho que vai haver outro.

AP: Qual é a sua lembrança mais antiga com a guitarra?

Page: Eu estava levando minha guitarra para a escola para que eu pudesse tocar no recreio porque fiquei tão envolvido com isso que nos tornamos inseparáveis. Eu tinha que fazer as minhas atividades escolares, e esse era o acordo com o meu pai: no meu tempo livre, eu poderia tocar guitarra. Então, eu dei mais um passo, eu levava a guitarra para a escola e tocava no recreio.

AP: Seu trabalho para o Led Zeppelin estava muito à frente da época...

Page: Eu gosto de pensar que sim, porque o primeiro álbum, eu meio que sabia como estávamos fazendo as músicas, e exatamente como eu ia colocar tudo em camadas e adicionar as texturas deles. Há uma variedade de humores em Led Zeppelin I. Então eu me desafiei e me pressionei o máximo que pude, sem mesmo pensar nas minhas limitações, só fui além.

AP: Você cedeu a eles a sua Sovereign Harmony. O quanto isso é significativo?

Page: Eu tenho essa guitarra desde o início dos anos 60. E ela tem estado comigo o tempo todo, desde quando usei como ferramenta de escrita. Essa guitarra em particular foi o veículo que estava presente quando o primeiro, o segundo, o terceiro e o quarto disco do Led Zeppelin foi escrito. É essa guitarra que desenvolve o papel de Stairway to Heaven.

AP: Por que o catálogo do Led Zeppelin durou tanto?

Page: Porque aborda muitos estilos, modos diferentes e é muito apaixonante. E também é muito gentil, muito difícil, mas é extremamente dinâmico. Se alguém quiser tocar a guitarra, a gaita, a bateria, o baixo, os teclados - bem, está tudo lá. A música é orgânica quando todos estão tocando juntos. Eu acho que é um grande legado ter produzido isso, para ser honesto.

Entrevista RS: Di Ferrero fala sobre música pop, vida pós-NX Zero e projeto engavetado com Emicida: 

música notícia Led Zeppelin Jimmy Page chuck berry john lenon jerry lee levis

Leia também

Esmir Filho, diretor de Homem com H, lamenta queda de ponte no RS


Planet Hemp fará show especial e gravação de DVD comemorativo de 30 anos da banda


Furiosa: George Miller sugere que prequela de Mad Max pode ganhar sequência


Dan Schneider processa produtores de Quiet on Set: O Lado Sombrio da TV Infantil


And Just Like That...: Rosie O'Donnell estará na terceira temporada da série


Daniel Radcliffe comenta postura antitrans de J.K. Rowling: 'Me deixa muito triste'