O Cake voltou ao Brasil para esta apresentação no Palco Butantã - Carolina Vianna

Lollapalooza 2013: apesar de problemas técnicos, Cake faz show para plateia lotada e animada

O som baixo e misturado com o da tenda eletrônica frustrou quem teve que ficar longe do palco

Stella Rodrigues Publicado em 29/03/2013, às 20h11 - Atualizado em 02/04/2013, às 19h41

O show do Cake causou duas impressões diferentes, dependendo de onde o fã estivesse. Foi uma performance animada para quem estava pertinho do simpático e falastrão John McCrea. Mas quem chegou mais tarde e ficou na parte de trás da plateia, passou a 1h15 de show pedindo, em vão, para que aumentassem o som – afinal, em alguns momentos dava para ouvir melhor as caixas da tenda eletrônica do que a voz marcante do vocalista ou o trompete diferencial de Vince DiFiore.

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Não bastasse isso, um percalço técnico interrompeu e atrapalhou o ritmo das coisas. “Meu violão está tão feliz de estar de volta ao Brasil que está surtando”, explicou o líder McCrea com bom humor, quando não conseguia afinar o instrumento da forma que gostaria. O bom é que a espontaneidade da banda permitiu que houvesse uma alteração de planos sem grandes problemas – não existia exatamente um setlist pronto na mente dos músicos antes de eles entrarem em ação, apenas uma vaga ideia da ordem das coisas. Então, executou-se neste momento “Satan Is My Motor”, enquanto um técnico cuidava do problema. Antes da música, porém, um aviso: “Não é para ninguém se ofender, se for religioso. É só uma metáfora.”

Sem chuva e com um público bem grande, o Cake teve uma recepção que possivelmente nem eles esperavam. “Obrigado por se lembrarem da gente depois de tanto tempo”, disse McCrea em certo momento. Não, as letras sarcásticas e cheias de humor do grupo não foram esquecidas pelos brasileiros, que se mostraram, inclusive, em dia com o disco recente do Cake, Showroom of Compassion, do qual saíram algumas das músicas cantadas no Lollapalooza, como “Long Time” e “Sick of You”. Nesta, o frontman promoveu um longo jogral de colocar cada metade do público para cantar um verso. Incluiu aí uma extensa brincadeira que envolveu falar em defesa de minorias, revolta social e de escapismo com drogas e videogame – sim, ele foi longe.

Dois grandes momentos foram protagonizados por covers. Foram eles “War Pigs” (Black Sabbath), gravado para o disco B-Sides and Rarities, e a über popular no Brasil “I Will Survive”, que nem tem feito parte dos últimos shows do Cake, mas é um hit tão grande por aqui que eles fizeram questão de incluir. Ainda assim, o sucesso popularizado anteriormente na voz de Gloria Gaynor nem foi a música que mais enlouqueceu a plateia. As pessoas se empolgaram acima de tudo com “Short Skirt/Long Jacket”, “Never There” e a canção de encerramento “The Distance”, que é uma das mais antigas e, até hoje, um dos maiores hits da banda.

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