Kleber Mendonça Filho, diretor do longa, explica que houve um valor que excedeu o previsto no projeto, mas que ele foi captado através de outro edital
Redação Publicado em 22/05/2018, às 13h16 - Atualizado às 13h26
O Ministério da Cultura está pedindo a devolução do valor captado por Kleber Mendonça Filho para a produção do filme O Som ao Redor. O MinC, que exige o retorno de R$ 2,2 milhões (que deveria ter sido pagos até o último dia 9), alega que o longa venceu de forma irregular um edital de 2009, voltado para projetos que tivessem orçamento máximo de R$ 1.3 milhão. A Agência Nacional do Cinema diz ter recebido da produtora um orçamento inicial de R$ 1.494.991, já representando um valor 15% acima do estipulado e que, após vencer o concurso, ainda foi ajustado para R$ 1.949.690.
No fim das contas, o longa acabou recebendo R$ 1.709.978. A irregularidade aparentemente havia sido detectada pela divisão técnica da Ancine e reportada, em 2010, para a Secretaria do Audiovisual, que nada fez na época.
O advogado de Kleber Mendonça Filho diz que a decisão é “desproporcional, injusta e excessiva”, e classifica a situação como um “equívoco de interpretação”. O diretor pernambucano também se defende, alegando que “o projeto não ultrapassou o valor de R$ 1.3 milhão de recursos federais”, evidenciando que o excedente (R$ 410 mil) veio de um edital do governo de Pernambuco, afirmando que o acúmulo foi aprovado pela Ancine.
Ainda não se sabe se o advogado do diretor recorrerá ao caso na esfera judicial.
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