- Debbie Harry do Blondie (Foto: Fabricio Vianna)

Blondie propõe viagem no tempo com primeiro show em São Paulo

Banda da época da new wave foi um destaques da programação do festival Popload

Paulo Cavalcanti Publicado em 16/11/2018, às 11h45

Foi uma espera de mais de 40 anos, mas finalmente o grupo norte-americano Blondie fez sua estreia em um palco brasileiro. A banda surgiu em meados da década de 1970 em meio à efervescência punk de Nova York, e ao acrescentar elementos de pop à sua música, tornaram-se ponta de lança da new wave, conquistando as paradas de sucesso. Um pouco do legado do grupo foi apresentado hoje dentro da edição 2018 do festival Popload.

Às 19h30, o Blondie se materializou no palco principal, com todo o foco voltado para a cantora Debbie Harry. A “loirinha” que de certa forma dá nome a banda, aos 73 anos, é puro carisma. Trajada com uma blusa rosa e um vestido transparente laranja, e usando óculos escuros, ela se movimentava razoavelmente pelo palco, capturando a atenção de uma forma hipnótica.

Debbie Harry (Foto: Fabricio Vianna)

Uma pena que no show não estava o marido Chris Stein, guitarrista e também cofundador do Blondie. Harry anunciou a ausência dele, mas não explicou o motivo. A afiada banda inclui também o baterista Clem Burke, um dos remanescentes da formação clássica da década de 1970 e 1980, e ele brilhou, como sempre.

O show começou com “One Way or Another”, faixa do álbum clássico Parallel Lines (1978). A partir daí, a apresentação se tornou uma seleção de grandes sucessos, com uma ou outra canção mais contemporânea incluída, como “Maria” (do álbum No Exit, de 1999, que marcou retorno para a trupe).

O quinteto também apresentou algumas composições do ótimo álbum Pollinator, que lançaram no ano passado – entre elas, “Doom or Destiny” (cuja versão de estúdio teve a participação de Joan Jett), “Fun” (dedicada à comunidade LGBT) e “Long Time”.  

O resto da apresentação foi erguida por meio de canções que fizeram muito sucesso à época que foram lançadas e, posteriormente tornaram-se essenciais na programação das rádios de flashback; a encantadora “Call Me”; o proto rap “Rapture”; a canção disco “Heart of Glass”(dedicada ao ausente Chris Stein); o reggae “The Tide is High” (cover do The Paragons, com direito a alguns improvisos da banda); e o tecno “Atomic” e outras.

O final teve a ultra pop “Dreaming” (1979), uma canção adequada para encerrar uma apresentação há muito esperada e que a valeu e apena sob todos os aspectos. Por volta das 20h30, o Blondie deixava o palco.

Debbie Harry (Foto: Fabricio Vianna)
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