Maroon 5 durante show no Rock in Rio 2017 - Fernando Schlaepfer/I Hate Flash/Divulgação

Rock in Rio 2017: “tapa-buraco”, Maroon 5 canta “Garota de Ipanema” em show esforçado

Headliner no dia que seria de Lady Gaga, banda de Adam Levine mostra que funciona para o público pouquíssimo engajado do festival carioca

Lucas Brêda, do Rio de Janeiro Publicado em 16/09/2017, às 04h29 - Atualizado às 23h36

O cenário era perturbador: Lady Gaga, uma das atrações mais esperadas do Rock in Rio 2017, cancelou o show no festival na última quinta, 14, e o Maroon 5 foi escalado para substituir a cantora no show que seria realizado na sexta, 15. O público da data teve pouco mais de 24h para decidir entre desistir do ingresso ou assistir a um show que não escolheu.

Nudez, lágrimas e declarações de amor: dez momentos inesquecíveis do Rock in Rio

Durante o dia foi notável: as músicas de Lady Gaga foram reproduzidas a toda hora em todo o Parque Olímpico e era possível ver fãs com camisetas, chapéus do disco Joanne (2016) e referências das mais diversas à estrela pop. Como headliner "ingrato", o Maroon 5 tinha uma plateia supostamente "estranha" a conquistar.

A banda foi direto ao ponto: escondeu as canções menos conhecidas para focar nos hits (só a abertura teve "Moves Like Jagger" e "This Love"). Foi uma apresentação de entrega, com um Adam Levine dedicado e conversador. Ele até cantou, em português e em inglês, "Garota de Ipanema", no momento mais memorável da noite. "Provavelmente uma das músicas mais bonitas já feitas. E foi feita aqui", disse o vocalista.

O Maroon 5 foi de "Misery" a "Daylight", com uma versão a capela de "Payphone", o karaokê "She Will Be Loved" e a euforia da recente e pegajosa "Don't Wanna Know", encerrando com a dançante "Sugar". Ao fim do show, nenhuma menção a Lady Gaga, ao cancelamento ou ao fato de a banda ter de repetir apresentação no dia seguinte, na data para a qual estava escalada como headliner.

Como tapa-buraco, o Maroon 5 funcionou, tanto pelo repertório vastamente conhecido quanto pela vontade de agradar. Mas também pelo perfil particular da plateia. Reunindo multidões estrondosas diariamente, o Rock in Rio é por si só uma marca tão forte que chega a ser maior que as bandas e artistas. A sensação é de que qualquer show, se tiver músicas conhecidas e fizer dançar, deve satisfazer o frequentador médio do festival (que não é o fã das atrações, mas sim o fã do próprio Rock in Rio como marca/evento).

Acidentalmente duas vezes no line-up deste ano, o Maroon 5 é um dos queridinhos recentes do festival carioca. Justificadamente: é pop até a espinha, dedicado nas performances e, principalmente, entretém com imediatismo a maior parcela do público do Rock in Rio: a de fãs pouquíssimos engajados, educados pelas FMs e playlists prontas de aplicativos. No sábado, 16, a banda retorna ao mesmo palco, no mesmo horário com, possivelmente, o mesmo show.

Acompanhe a cobertura do Rock in Rio pelas nossas redes sociais: Estamos no Twitter (@rollingstonebr), Facebook (/rollingstonebrasil) e no Instagram (@rollingstonebrasil), com fotos e stories dos melhores momentos dos shows.

música rio de janeiro setlist crítica rock in rio Maroon 5 Lady Gaga Público Adam Levine análise primeiro dia 5 seconds of summer resenha 2017 RJ rock in rio 2017 garota ipanem rir 2017 15 de setembro como fooi festival parque olímpico

Leia também

Madonna compartilha memes brasileiros nos stories do Instagram


Cher gosta de namorar homens mais jovens porque os mais velhos estão mortos


Madonna no Rio: Rita Wainer faz intervenção artística no perímetro do show


Criador de Peaky Blinders confirma início das gravações do filme em setembro


Bruno Mars fará shows no Brasil em 2024, diz jornalista


Keke Palmer e SZA estrelarão comédia produzida por Issa Rae