Sábado de piano e baladas

Elton John entrega duas horas de um show agradavelmente previsível, depois de seu conterrâneo James Blunt fazer firula para a platéia

Por Paulo Cavalcanti Publicado em 18/01/2009, às 12h14

O dia foi feio em São Paulo e a chuva ameaçava transformar a Skol Arena, localizada na zona norte de São Paulo, num autêntico lamaçal. Os vendedores de capa de chuva fizeram a festa um pouco antes de começar o show que apresentaria James Blunt e Elton John, neste sábado, 17.

Todo mundo esperava o toró, mas às 20h, quando Blunt subiu pontualmente ao palco, o tempo estava estável. O local ainda não estava cheio e muita gente estava ali para justamente ver o cantor de baladas inglês, que, agora de barba raspada, aparenta ser ainda mais jovem e não economizou nos truques para agradar a platéia: pulou, se jogou no meio do povo, falou português trôpego... Só faltou a camisa da seleção brasileira.

O som de Blunt é basicamente calcado na base de piano, emulando cacoetes de artistas românticos dos anos 70, como Cat Stevens, Bee Gees e Gilbert O'Sullivan. A performance teve todos os sucessos de Blunt como a inevitável "You' re Beautiful", "High", "Same Mistake", "1973' e até um cover para "Coz I Luv You", do grupo Slade, grande ícone dos anos 70. O show durou pouco mais de uma hora.

Duas horas de espetáculo

Uma hora depois de Blunt ter deixado o palco, apareceu Sir Elton John. Os espetáculos do veterano cantor e pianista têm um quê de previsibilidade, mas ao mesmo tempo o público fica confortável sabendo que o que vem pela frente certamente vai agradar.

Sóbrio e de poucas palavras, John e sua afiada banda seguraram mais de duas horas de apresentação, que abriu com "Funeral For a Friend" e incluiu megahits como "Goodbye Yellow Brick Road", "I'm Still Standing", "Tiny Dancer", "Candle In The Wind", "Philadelphia Freedom", "Crocodile Rock", "Daniel", "Rocket Man", "Sacrifice", "Saturday Night is Allright For Fighting", etc...

Ironicamente, caíram algumas gotas de chuva justamente quando John cantava "Madman Across The Water". Para agradar o público brasileiro, John tirou do baú a reflexiva "Skyline Pidgeon", numa emocionada interpretação só com voz e piano. Depois, a banda retornou para acompanhá-lo em "Your Song", que fechou a noite. Contando tudo, foram três horas de música melódica e agradável. E as capas de chuva foram para a lata de lixo.

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