Sting - Chris Pizzello / AP

Sting oferece surpresas em seu primeiro disco solo em uma década

The Last Ship, álbum composto de músicas feitas para o musical do artista na Broadway, chega ao mercado em 24 de setembro

David Browne Publicado em 19/08/2013, às 13h03 - Atualizado às 17h42

Sting ainda se lembra de sua primeira memória, quando era criança perto dos estaleiros no nordeste da Inglaterra. "Uma embarcação enorme no fim da minha rua, se impondo e fazendo sombra nas casas", ele conta. "Eu fui criado em um cenário industrial surreal que ainda é o cenário dos meus sonhos – e de alguns de meus pesadelos. Eu vi muitos navios partindo e tem algo aterrorizante, apocalíptico e assustador nesse evento que é algo que nunca sai de você.”

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Essas memórias não só perseguiram Sting como inspiraram seu mais recente projeto, The Last Ship, um musical a respeito de um estaleiro britânico que passa por dificuldades na década de 80. A peça estreia na Broadway no segundo semestre do ano que vem, mas o disco com as canções da produção, também batizado de The Last Ship, estará nas lojas no próximo dia 24 de setembro. “O álbum representa o material bruto que usamos para esculpir a peça”, conta Sting. "Espero que ele funcione individualmente como um trabalho, sem a linha narrativa que conduz o musical.”

O disco finaliza o que Sting chama de “um longo período de improdutividade” que começou depois do fim da turnê de reunião do Police em 2008 e seu set com tema natalino de 2009 If On a Winter's Night.... "Eu não acho que o disco teria sequer saído se não fosse o ímpeto inicial de criar algo para o teatro”, diz ele. “Assim que tirei eu mesmo do caminho, as músicas começaram a rolar com tudo.”

Fãs que esperam pop – especialmente pelo fato de esse ser o primeiro disco solo de material inédito de Sting desde Sacred Love (2003) — poderão ficar surpresos. As músicas contam com alguns cantores convidados como Brian Johnson, do AC/DC, e o veterano ator e cantor britânico Jimmy Nail, e os estilos incluem tudo menos rock and roll. "Eu queria que a música refletisse a música tradicional do nordeste da Inglaterra, onde cresci, além de aludir à ótima música tradicional de teatro."

A partir de 25 de setembro, Sting vai apresentar o material ao vivo ao longo de dez noites no Teatro Público de Nova York. A versão da Broadway, que deve contar com mais ou menos três quartos das faixas do álbum, terá direção de Joe Mantelo (do aclamado Wicked) e coreografias assinadas por Steven Hoggett, que trabalhou na produção da Broadway de American Idiot, do Green Day.

Mas por que Sting criaria um disco temático que exige que o ouvinte preste atenção o tempo todo e siga diferentes tramas e personagens? "Certamente é algo que vai contra o fluxo, mas ainda sinto que há um público que quer que a música seja algo além do que se consome e descarta como um café ou um sorvete”, diz. “Eu quero que a música e seus temas consumam as pessoas, total e absolutamente, como fizeram comigo.”

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