A Bruxa foi um dos acertos de Teixeira - Divulgação

Um Brasileiro em Hollywood: produtor de A Bruxa, Rodrigo Teixeira faz os filmes que gostaria de assistir

“Procuro fazer aquilo que quero ver nos cinemas, e muitos dos filmes que eu quero ver preenchem esses requisitos de serem comerciais e, ao mesmo tempo, obterem prestígio”, diz o cineasta

Christian Petermann Publicado em 21/04/2016, às 23h54 - Atualizado em 22/04/2016, às 00h09

O sucesso de crítica e de público do drama de terror A Bruxa, estreia do diretor e roteirista Robert Eggers, coloca sob os holofotes o nome de um brasileiro que tem marcado forte presença no cinema atual: o produtor Rodrigo Teixeira. À frente da RT Features, ele tem atuado em duas frontes, tanto no Brasil como na cena independente nos Estados Unidos.

A Bruxa não foi o primeiro flerte dele com o terror – Teixeira já havia produzido o suspense psicológico Quando Eu Era Vivo, de Marco Dutra. “Eu curto terror desde pequeno, mas nunca havia pensado em fazer. Escolhi A Bruxa porque desde o primeiro momento achei que era uma ideia muito boa”, conta. “Eu assumi riscos e realmente acredito que um autor brilhante surgiu nesse projeto.”

Os primeiros trabalhos de Teixeira na produção foram longas brasileiros, entre eles O Cheiro do Ralo (2006), de Heitor Dhalia, e Natimorto (2009), de Paulo Machline, ambos criados a partir de textos originais de Lourenço Mutarelli. Atualmente, ele está tocando em Curitiba a produção de O Filho Eterno, adaptação do premiado romance de Cristovão Tezza, novamente sob a direção de Machline.

Teixeira, aliás, costuma voltar a trabalhar com cineastas com quem se identifica, caso do brasileiro José Eduardo Belmonte, de quem produziu O Gorila (2012), o sucesso Alemão (2014) e o ainda inédito Aurora (outro filme de terror), e do norte-americano Noah Baumbach, com quem fez Frances Ha (2012), sucesso cult no Brasil, e Mistress America (2015).

“O que me leva a trabalhar novamente com um diretor é a qualidade do trabalho realizado e a relação profissional que você cria com a pessoa, afinidades artísticas e pessoais. Já tive a oportunidade de trabalhar com diretores que admirava, mas com os quais o processo foi muito lesivo fiz um e nunca mais faria outro”, diz ele.

Transitando entre o cinema autoral e títulos mais comerciais, Teixeira reflete em seu conjunto de obra a própria cinefilia. “Procuro fazer aquilo que quero ver nos cinemas, e muitos dos filmes que eu quero ver preenchem esses requisitos de serem comerciais e, ao mesmo tempo, obterem prestígio”, afirma. Ele conta que não prioriza nenhum tipo específico. “Adoro o cinema de autor, por exemplo, mas essa questão de autoria pode ser pensada também no cinema comercial.”

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