A banda santista Garage Fuzz - Reprodução/Facebook

“Vejo-nos mais como uma banda de hardcore melódico”, diz vocalista do Garage Fuzz

Grupo santista lança primeiro disco de inéditas em dez anos, Fast Relief, com show em São Paulo nesta sexta, 13

Lucas Brêda Publicado em 13/11/2015, às 16h34 - Atualizado às 16h56

“Quando tínhamos 18 para 19 anos, íamos às festas em Santos, com nossos amigos – que eram mais velhos – e eles colocavam [para tocar] Gang Of Four, Wire, e nós ficávamos putos: ‘Porra, esses caras vão pôr esse som de velho!’”, comenta o vocalista do Garage Fuzz, Alexandre Cruz. “Aí um dia desses um amigo chegou aqui em casa e eu saquei um disco do Gang Of Four da minha coleção [risos]. Ele virou para mim e disse: ‘Você ficou velho, meu’.”

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Ao lado de Daniel Siqueira (bateria), Fabricio de Souza (baixo), Fernando Bassetto (guitarra) e Wagner Reis (guitarra), Cruz lança com a banda santista o sexto álbum da carreira, Fast Relief, com show esta sexta-feira, 13, no SESC Pompeia, em São Paulo (às 21h30). Além de um retorno do Garage Fuzz, com um novo registro, este é o primeiro disco de inéditas da banda em dez anos – ou desde The Morning Walk (2005).

“Sempre tivemos essa dinâmica de composição um pouco mais lenta”, diz Cruz. “Tivemos uns problemas de saúde e, por isso, mudamos o jeito como trabalhamos. O Wagner teve um filho, teve a saída do Fernando [Zambelli, ex-guitarrista]. O [Fernando] Basseto teve que ensaiar para pegar o repertório, já mudou um pouco a dinâmica. Então eu acho que essa ‘demora’ tem a ver com esse processo.”

Se as circunstâncias dos últimos anos determinaram essa “demora” no lançamento de Fast Relief, elas também contribuíram para o resultado final registrado no álbum. “Ele foi ficando mais trabalhado”, ri o vocalista, para quem o novo disco é “mais técnico”. “Sempre queremos manter aquele energia dos primeiros discos, mas acho que desde o processo, as influências, nós fomos mudando muito.”

Gravado no estúdio do novo guitarrista da banda, Fernando Bassetto, Fast Relief carrega, desde a capa, um clima mais reflexivo e contemplativo, principalmente se comparado à sonoridade veloz e agitada do Garage Fuzz nos anos 1990. A nova abordagem é também resultado do maior tempo dentro do estúdio, uma vez que o grupo trabalhou com a sala de ensaios e gravações livres, e não com horário marcado.

“Hoje eu nos enxergo muito mais como uma banda de hardcore melódico, ou alguma outra coisa assim”, acrescenta Cruz. “Pode ter ali um elemento que, beleza, talvez remeta [aos trabalhos anteriores], mas acho que agora já é outra história”. A mudança de abordagem, contudo, não foi consciente, segundo o vocalista. “Quando terminamos o disco, pensamos: ‘Puta, e agora, o que vamos fazer? Fodeu.’ Como vamos fazer com essas mó treta, tudo muito trampo?”

Garage Fuzz em São Paulo

13 de novembro (sexta-feira), às 21h30

SESC Pompeia (Chopeira) – Rua Clélia, 93

Ingressos: R$ 30 (há meia-entrada)

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