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Venom se perde entre a ação e a comédia, e se mostra razoável

Filme baseado no anti-herói da Marvel entra em cartaz nesta quinta, 4

Paulo Cavalcanti Publicado em 04/10/2018, às 09h50

Para os mais leigos, aqui vai uma informação básica: o anti-herói Venom é um personagem que existe no mundo do Homem-Aranha, mas não faz parte (pelo menos por enquanto) do Universo Cinematográfico Marvel. A franquia pertence à Sony, e assim, não tem a mesma equipe criativa de Os Vingadores e de seus heróis, que pertencem aos Estúdios Marvel e são distribuídos pela Disney. Venom não é um filme tão ruim assim como estão pintando, mas obviamente não tem a excelência dos longas da própria Marvel.

Dirigido por Ruben Fleischer, Venom mostra as desventuras de Eddie Brock (Tom Hardy), um repórter investigativo que aparentemente tem a vida perfeita: está prestes a se casar com a advogada Anne (Michelle Williams) e se mostra muito querido pelos colegas. Mas, desafiando sua chefe, Brock começa a investigar o doutor Carlton Drake (Riz Ahmed), homem responsável por comandar um sinistro centro de experimentos científicos. Rumores começam a surgir, sugerindo que muita gente entra viva no local, mas acaba desaparecendo misteriosamente. E é aqui que a investigação de Brock entra em cena.

A furtiva pesquisa de Drake envolve trazer criaturas de outros planetas para tentar fundi-los a seres humanos. Assim, ele abduz mendigos e pessoas sem teto para serem usadas em testes que nunca dão certo. Devido a suas ações contra Drake, o protagonista perde o emprego e entra em depressão. Após se recompor e voltar à ativa, ele consegue penetrar nos laboratórios de Drake graças à ajuda de uma cientista renegada. Após uma serie de complicações, Brock se funde a um dos extraterrestres – mas desta vez, a mutação acontece com sucesso. A criatura começa a “morar” dentro dele como um parasita. Às vezes, o monstro é apenas incômodo; em outros momentos, ele é manipulador - afinal, o alien tem poderes sobre-humanos. A poderosa criatura, chamada Venom, gosta de se alimentar de criaturas vivas e isto já seria o suficiente para criar muita confusão. Mas juntos, Brock e seu novo companheiro unem forças para tentar deter Dr. Drake, que também foi infectado por um parasita da mesma espécie de Venom.

O grande problema do filme é não se decidir se é uma produção de horror, de ação ou uma comédia, consequentemente se perdendo neste emaranhado de indecisões, que acaba por prejudicar em muito a narrativa. Apesar disso, existem vários elementos que dão certo: a interação de Brock/Venom é impagável, uma versão trash de Dr. Jekyll e Mr. Hyde. O longa inclusive homenageia o clássico Bullitt (1968), em uma sequência de ação de tirar o fôlego.

Tom Hardy está excelente como sempre. Ele encara um papel difícil, no qual tem que ser durão, vulnerável, fazer comédia e ainda interagir com um bizarro alter-ego. Venom não desenvolve todo seu potencial devido a uma direção indecisa e um roteiro que também permanece no meio do caminho, mas o que se espera é que depois dessa introdução um tanto desajeitada, o vilão retorne com um filme melhor, possivelmente enfrentando o atual Homem-Aranha, vivido por Tom Holland.

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