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As melhores músicas nacionais de 2014

Redação Publicado em 15/01/2015, às 19h54 - Atualizado às 19h59

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Melhores de 2014 - Faixas - Revista  - Divulgação
Melhores de 2014 - Faixas - Revista - Divulgação

10º – “Paraquedas”, Russo Passapusso

Espécie de sobrinha de “Politicar” (Tom Zé), a canção tem arranjo grandioso, linha de baixo marcante e percussão que convida a dançar. Um belo cartão de visita para a carreira do cantor.


9º – “O Cinza”, O Terno



Mesclando momentos de euforia e tranquilidade, O Terno cria um autêntico retrato de São Paulo com a linguagem simples e atualizada do vocalista Tim Bernardes, uma das características mais fortes do trio.


8º - Titãs - Cadáver Sobre Cadáver

A percussão incessante e repetitiva da faixa dá o tom da violência urbana crescente musicada pelos Titãs. Uma faixa certeira que expressa com precisão o estado deplorável

desta babilônia.


7º – “Insight”, Jaloo

Se você ouviu o nome de Jaloo ligado ao rótulo “tecnobrega paraense”, esqueça. Produzido por Carlos Eduardo Miranda, esse tecnopop em midtempo mostra o potencial

do cantor para além de fronteiras geográficas.


6º – “Ciranda do Aborto”, Juçara Marçal



Juçara intercala doçura e agressividade em um mar de sentimentos à flor da pele. Em “Ciranda do Aborto”, tudo é intenso e dolorido. Causa desconforto e estranheza, mas ainda é extremamente bela.


5º – “Um Sonho”, Nação Zumbi

As alfaias cedem espaço para a guitarra dedilhada de Lúcio Maia em “Um Sonho”, que se sobressai pela singeleza sonora e pela letra inspirada no livro Androides Sonham com Ovelhas Elétricas? (Philip K. Dick). Fantasia onírica e realidade lado a lado.


4º – “Cartão de Visita”, Criolo

A parceria com Tulipa Ruiz rende uma resposta inteligente a um bullying de internet. Com o verso “Lázaro, alguém nos ajude a entender”, Criolo dá a volta em quem zombou do discurso dele, enquanto destila versos com cheiro de ironia à onda da ostentação.


3º – “Mais Ninguém”, Banda do Mar



Mallu avisa que não está a fim de fazer social neste rock sessentista, embalado por guitarras que lembram a surf music. Exalando maturidade, ela evoca algumas de suas heroínas: Nara Leão, na malemolência serena, e Rita Lee, na provocação desbocada.


2° - Alice Caymmi - "Meu Recado"

Alice coloca a alma na voz ao discorrer sobre uma desilusão amorosa tão profunda quanto as narradas no cancioneiro brega. Som orquestral e um solo de saxofone enriquecem o panorama: é para expurgar o sofrimento, e depois erguer a cabeça no último acorde.


1º – “Quanto Vale o Show?”, Racionas MC's

A expectativa era alta quando o Racionais liberou na internet a música “Quanto Vale o Show”, primeiro single de Cores e Valores. Se ainda não era possível saber o que esperar do novo disco, a faixa deu algumas dicas: começa com uma batida de pandeiro, traz o sample da guitarra de “Gonna Fly Now”, tema de Rocky – O Lutador, e tem a voz de Silvio Santos no curto refrão. O Racionais vinha para a briga preparado para chamar atenção. A cena do rap deu um giro de 360 graus nos 12 anos em que a produção de álbuns inéditos do grupo fi cou parada. Apesar da pausa, os integrantes se mantiveram ampliando o alcance das batidas em projetos solo e trazendo novas referências. Agora soul, samba e funk fazem parte de vez da equação. Sobre os beats produzidos por DJ Cia, do RZO, e por ele próprio, Mano Brown lembra a adolescência e a entrada no universo do hip-hop. Se “83 era legal”, como diz Brown na letra, 2014, ao menos para o Racionais, foi revolucionário e surpreendente.