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Black Sabbath: as dez melhores raridades da banda com Ozzy Osbourne

Rolling Stone EUA Publicado em 09/11/2015, às 16h42 - Atualizado às 18h22

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Galeria - obscuras Black Sabbath - abre - Doni Maciel/AP
Galeria - obscuras Black Sabbath - abre - Doni Maciel/AP

O Black Sabbath acabou de anunciar novas datas para a turnê de despedida deles, em 2016. Até agora, apenas 57 shows foram marcados, com apenas um na terá natal deles, a Inglaterra, o que indica que novos anúncios serão feitos em breve.



É certo que nas apresentações, o Sabbath irá tocar hits grandiosos como “Iron Man”, “Paranoid” e “War Pigs”, mas os fãs mais fervorosos esperam algumas músicas mais obscuras. Por isso, selecionamos algumas dessa canções, veja o resultado a seguir.



Por Rolling Stone EUA


“Hand of Doom”, Paranoid (1970)

O Black Sabbath pode ter praticamente inventado o heavy metal no disco de estreia deles, de 1970, mas após lançarem Paranoid, naquele mesmo ano, foi que eles conseguiram que o grande público prestasse atenção no som do grupo. A faixa-título, “Iron Man”, assim como “War Pigs”, foram muito populares em 1970, mas o álbum é forte do começo ao fim. Um dos pontos altos é o épico de sete minutos “Hand of Doom”. Geezer Butler estava inspirado para compor a música depois de ver alguns soldados voltando do Vietnã e ficando viciados em drogas. O Sabbath não toca a faixa desde 1978.


“The Thrill of It All”, Sabotage (1975)



Em 1975, drogas, álcool, problemas legais, conflitos pessoais e a simples exaustão estavam começando a tomar a banda, e eles se esforçaram para registrar a faixa de seis minutos “The Thrill of It All” em uma fita. Uma vez que eles tiveram uma versão com a qual ficaram satisfeitos, o técnico de gravação envergonhadamente disse a eles que uma série de ‘bips’ sonoros, com referências de tonalidades, de alguma forma, acabaram entrando na gravação. Eles foram forçados a refazer a música inteira do começo. Isso pode explicar porque eles nunca tocaram “The Thrill of It All” ao vivo.


“Hole in the Sky”, Sabotage (1975)



Os críticos inicialmente taxaram Sabotage como uma decepção após os brilhantes primeiros cinco álbuns da banda, mas o tempo tem sido bem generoso com o registro. “O som estava mais pesado do que em Sabbath Bloody Sabbath”, escreveu o guitarrista Tony Iommi na autobiografia dele, Iron Man – Minha Jornada Com o Black Sabbath. “E minha guitarra soa mais pesada também. Isso foi trazido por toda a irritação que sentíamos em relação aos negócios com empresários, advogados e documentos”. O álbum abre com a furiosa “Hole in the Sky”, que dá o tom ao resto da tracklist. Esta música foi uma constante na turnê de Sabotage, mas eles não tocam a música ao vivo desde 1976.


“A National Acrobat”, Sabbath Bloody Sabbath (1973)



Geezer Butler é um cara de fala mansa, mas o baixista do Black Sabbath é um profundo pensador e ele trabalhou incansavelmente nos anos 1970 como letrista da banda. Na época de Sabbath Bloody Sabbath, em 1973, ele começou a contemplar os mistérios da vida, como qual força decide o sêmen exato que será um zigoto. Esta dúvida interessante é explorada em “A National Acrobat”, na qual ele compõe sob a voz de uma força onipotente que traz a vida humana. “Bem, eu sei que é difícil para vocês saberem o porquê”, escreveu ele. “E eu sei que vocês entenderão melhor quando for a hora de morrer”. Eles não tocam a música desde 1974, e ela é tão complicado vocalmente falando que é difícil imaginar que Ozzy vai dar uma chance à canção na próxima turnê.


“Snowblind”, Vol. 4, (1972)



A cocaína estava espalhada pelo mundo do rock nos anos 1970, ainda que não muitas bandas viraram adeptas da substância como o Black Sabbath. Eles não apenas cheiraram grandes quantidades do pó como também quiseram chamar o quarto álbum de Snowblind em tributo à droga. A gravadora relutou e eles acabaram intitulando-o Vol. 4, mas com “Snowblind” abrindo o segundo lado do vinil. A música é apresentada como um conto de prudência (“The sun no longer sets me free/ I feel the snowflakes freezing me”), mas, na realidade, era uma celebração da droga escolhida por eles.


“Planet Caravan”, Paranoid (1970)



As três mais famosas canções no catálogo do Black Sabbath são “Paranoid”, “Iron Man” e “War Pigs”. Elas são também três das quatro músicas que aparecem no lado A do LP Paranoid, o que significa que a pobre “Planet Caravan” é frequentemente pulada pelos fãs ansiosos para balançar a cabeça com “Iron Man”. Aqueles que foram pacientes o suficiente para deixar o álbum correr descobriram uma faixa amável e suave (com piano tocado pelo engenheiro de som Tom Allom) na qual os vocais de Ozzy são distorcidos. Uma nova geração de loucos metaleiros redescobriu a canção quando o Pantera fez uma cover dela no disco Far Beyond Driven, de 1994.


“Into the Void”, Master of Reality (1971)



O Black Sabbath decidiu mudar algumas coisas em Master of Reality, o terceiro álbum deles, descendo em três semitons algumas das músicas para chegar a uma sonoridade mais pesada. A faixa derradeira do álbum, “Into The Void” foi uma delas, e Ozzy teve algumas dificuldades, uma vez que ele canta a complexa letra muito devagar. “Rocket wuhptupittipuh, que porra é essa”, Iommi relembra dele cantar. “Não consigo cantar isso!” Ele eventualmente conseguiu gravar e já apresentou a música mais de 300 vezes ao vivo desde então.


“Supernaut”, Vol. 4, (1972)



Vá até o site do Black Sabbath e você possivelmente pensará que o grupo sempre teve três integrantes. Não há uma única foto sequer do baterista Bill Ward, mesmo nas imagens de arquivo. Ele não toca com a banda desde a turnê de verão deles em 2005, e isso é especialmente triste, uma vez que agora eles estão se preparando para uma turnê de despedida. Seu jeito de tocar bateria inspirado por jazz foi um elemento chave na fórmula do Sabbath. “Supernaut”, de Vol. 4, foi uma das melhores gravações dele e era usualmente o momento no show onde ele fazia o solo de bateria.


“The Writ”, Sabotage (1975)



Os quarto integrantes do Black Sabbath estavam tão consumidos por um processo do antigo empresário deles na época de Sabotage que eles encerraram o disco com uma faixa de nove minutos chamada “The Writ”. “Era muito difícil criar naquela situação, a não ser que estivéssemos fazendo uma música sobre aquilo”, escreveu Iommi na autobiografia. “Neste caso, aquilo meio que aliviava a situação”. A letra deixou bem claro o quão furiosos eles estavam na época. “All of the promises that never came true”, rosna Osbourne. “You're gonna get what is coming to you, that's true.”


“Symptom of the Universe”, Sabotage (1975)



“'Symptom of the Universe' tem sido descrita como a primeira música de metal progressivo”, escreveu Tony Iommi em Iron Man. “E eu não vou discordar disso”. A altamente complexa e dinâmica faixa de Sabotage nasceu de uma jam no estúdio, a qual Iommi posteriormente incrementou com as partes de violão. O produto final realmente soa como o rock progressivo que estava tomando as prateleiras das lojas de discos à época, ainda que traga a distinção sonora única do Sabbath. A banda reviveu a música em 2012 após um longo tempo sem tocá-la.