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Além de Bond: dez filmes para se apaixonar pelo cinema de espionagem

Paulo Cavalcanti Publicado em 04/09/2017, às 13h28 - Atualizado às 15h21

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Galeria Espionagem - abre - Reprodução
Galeria Espionagem - abre - Reprodução

O mundo da espionagem é retratado com tanto glamour e excitação que ás vezes até parece mesmo invenção de cinema. Mas é justamente o contrário: a espionagem é um serviço real, cheio de segredos, difícil de executar e nem sempre ético. O cinema de espionagem começou a despontar na época da Segunda Guerra e teve o apogeu nas longas décadas da Guerra Fria. Mas o estilo nunca saiu de moda, com produções recentes dando força ao nicho. O lançamento de Atômica, por exemplo, mostra que ainda existe um bom público para o gênero. Aqui, relembramos dez clássicos e filmes representativos deste seara.


O Terceiro Homem (1949)

Eleito pelo BFI (British Film Institut) como o melhor filme britânico de todos os tempos. O Terceiro Homem conta a história de Harry Lime (Orson Welles), um contrabandista cheio de segredos que ganha dinheiro no mercado negro de Viena, Áustria, na época pós-guerra. Dirigido por Sir Carol Reed, O Terceiro Homem é cheio de reviravoltas e deixa uma sensação duradoura.


Intriga Internacional (1959)

O diretor Alfred Hitchcock pilota habilmente este clássico que mostra as tribulações de Roger Thornhill (Cary Grant), um publicitário de Nova York que é confundido com um agente que teria roubado um microfilme secreto. Todos os ingredientes que fizeram a grandeza do mestre estão aqui: suspense, ação e humor.


Moscou Contra 007 (1963)

No ano de 1962, a humanidade esteve à beira de ser aniquilada por uma guerra nuclear. A chamada crise de mísseis de Cuba marcou o auge da Guerra Fria. Naquele mesmo ano, era lançado O Satânico Dr No, o primeiro longa da série cinematográfica estrelando James Bond, o agente 007, com Sean Connery no papel principal. No ano seguinte veio Moscou Contra 007, o mais emblemático filme de espionagem sobre a rivalidade existente entre o ocidente e a antiga União Soviética. O confronto entre o assassino Red Grant (Robert Shaw) e Bond, dentro do trem do Expresso Oriente, é imitado até hoje.


O Espião que Veio do Frio (1965)

Baseada na obra de John le Carré, um dos grandes mestres da literatura de espionagem, O Espião que Veio do Frio é uma adaptação fiel da obra homônima do escritor inglês. No filme, Richard Burton vive Alec Leamas, um espião britânico que é enviado para uma suposta última missão na Alemanha Oriental, mas tudo dá errado. Este clássico dirigido por Martin Ritt oferece outra visão do universo da espionagem: em vez de glamour e luxo, amargura e mentiras.


Funeral em Berlim (1966)

Harry Palmer (Michael Caine) é um agente britânico cerebral e insubordinado, o verdadeiro anti-Bond. Ele é enviado a Berlim para se encontrar com um proeminente agente de inteligência soviético. Ele é um desertor e Palmer precisa cuidar da segurança dele. Dirigido por Guy Hamilton, este segundo filme da trilogia do agente Harry Palmer (os outros são Ipcress: Arquivo Confidencial, de 1965, e O Cérebro de um Bilhão de Dólares, de 1967) traz o lado paranoico e depressivo do mundo da espionagem, mostrando uma Alemanha dividida e cheia de perigos.


Três Dias do Condor (1975)

Robert Redford vive Joseph Turner, um analista da CIA de codinome Condor. Um dia, ele descobre que todos os seus colegas de trabalho foram assassinados. Horrorizado, leva a questão aos superiores, mas descobre que eles estão envolvidos na trama. Não só isso: Condor é próximo da lista e passa a ser perseguido por um assassino interpretado por Max Von Sydow. Com direção de Sidney Pollack, Três Dias do Condor tem a cara da década de 1970, com locações sujas e desoladas e um clima de paranoia e desconfiança que chega ser insustentável.


A Identidade Bourne (2002)

Matt Damon é Jason Bourne, um homem que acorda sem memória após ser baleado. Ele é perseguido e aos poucos consegue reconstruir a própria identidade e descobrir os motivos da sua vida ter tomado aquele estranho rumo. O filme dirigido por Doug Liman se tornou um clássico do cinema de espionagem moderno e Damon transmite credibilidade como o enigmático Bourne.


O Espião que Sabia Demais (2011)

Esta outra adaptação de sucesso de um livro do inglês John le Carré tem um ponto de partida simples. Na década de 1970, com a guerra fria anda urgente, o operadores do M16 britânico precisam descobrir a identidade de um agente russo infiltrado antes que ele saia espalhando informações. Um elenco notável (Gary Oldman, John Hurt, Tom Hardy, Benedict Cumberbatch, Colin Firth) dá força a este ótimo filme do gênero, dirigido por Tomas Alfredson.


Kingsman: Serviço Secreto (2014)

Um jovem inglês chamado Eggsy (Taron Egerton) é escolhido para ser agente de uma organização secreta chamada Kingsmen. Ele tem que passar por rigorosos testes para ser aceito. Depois disso, Eggsy recebe do mentor dele (Colin Firth) a missão de deter as ações de um milionário globalista (Samuel L. Jackson). Endereçado ao público adolescente, Kingsman: Serviço Secreto é uma atualização dos filmes de James Bond, com humor negro, violência extrema e muito estilo. Foi um sucesso surpreendente e deu um sopro de ar fresco ao gênero.


A Ponte dos Espiões (2015)

O diretor Steven Spielberg narra uma história real, que aconteceu no começo da década de 1960. Um espião alemão (Mark Rylance) a serviço dos russos é capturado nos Estados Unidos. Ele acaba sendo "trocado" pelo piloto norte-americano Francis Gary Powers, feito prisioneiro depois de ser abatido em território soviético. Tom Hanks vive James Donovan, o advogado incumbido das negociações, e vai até Alemanha Oriental cuidar dos procedimentos. Aqui, o ramo da espionagem também é apresentado sem nenhum glamour.