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Discípulos dos Ramones: 10 bandas influenciadas pelo grupo punk

Redação Publicado em 24/04/2013, às 18h48 - Atualizado às 18h54

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Galeria - Discípulos dos Ramones - Capa - Reprodução
Galeria - Discípulos dos Ramones - Capa - Reprodução

As influências dos Ramones no Metallica são singelas, mas estão ali, principalmente com o guitarrista solo Kirk Hammett. Ele sempre se inspirou na velocidade feroz com que Johnny Ramone tocava. Eventualmente, quando as bandas fizeram uma turnê juntas, em 1996, Kirk e Johnny se tornaram amigos.
Lemmy, voz e líder do Motörhead, foi um amigo dos Ramones. Ele dividia com eles o amor pelas músicas velozes, diretas e impactantes. Lemmy mixou "Go Home Ann", gravada pela banda de Nova York em 1985, e ainda fez uma homenagem musical chamada "R.A.M.O.N.E.S.". Ouça ao lado.
O Black Flag, quando surgiu, em 1976, era colocado como um herdeiro do punk que vinha da Inglaterra, mas Greg Ginn, guitarrista e compositor da banda californiana, afirmou que a influência vinha diretamente de Nova York, com os Ramones. A música ao lado, “TV Party”, mostra a juventude entediada, um tema cantado por Joey um sem número de vezes.
A sonoridade do Ratos de Porão não está ligada pelo cordão umbilical com os Ramones. O som, para chegar no hardcore e thrash cantado por João Gordo, precisou ser processado e passar por outras cenas até aterrissar no Brasil. Ainda assim, a banda nova-iorquina está entre as referências. No disco Anarkophobia, de 1991, o Ratos regravou “Commando”, dos Ramones.
O The Clash veio pouquíssimo depois dos Ramones, em 1976, por isso a influência veio mais pela atitude de Joey e companhia do que pelo lado musical. Naquele ano, os Ramones estrearam no Reino Unido, com um show no londrino Roundhouse. Foi lá um encontro entre o guitarrista Johnny Ramone e Paul Simonon, baixista do Clash. Johnny ensinou a Paul que técnica não é tudo para uma banda: “Espere para nos ver tocar – nós fedemos, nós somos nojentos, nós não conseguimos tocar. Nós só vamos ali e tocamos”.
O nome da banda já diz tudo: Raimundos. Uma versão abrasileirada dos Ramones, grande influência para a banda de Brasília, que uniu o punk de três acordes com ritmos brasileiros de origem nordestina.
Banda de punk e harcore de Washington, o Bad Brains inspirou-se no título de uma canção dos Ramones. Homenagem feita logo no nome do grupo, eles se viram livres para ousar nas sonoridades, buscando referências além das pancadarias das guitarras e chegando à malemolência do reggae de Bob Marley. Ao lado, em “I Against I”, o refrão bebe diretamente da fonte dos Ramones.
Eric Reed Boucher, ou Jello Biafra, voz do começo do Dead Kennedys, foi fundamental para a cena californiano de hardcore, um ramo do punk nascido em Nova York. E, com o DK, ele inaugurou a ideia de unir críticas políticas nos versos das músicas. A banda colocava o dedo na ferida, mas com humor e ironia que Biafra dizia ter aprendido com Joey Ramone, como em “Kill the Poor”, ao lado.
Mais bem-sucedida banda punk do mundo. O Green Day levou o sonho de sucesso com três acordes para canções complexas e ópera-rock, como no disco American Idiot. Mas o negócio dos caras ainda são os Ramones. O baterista Tré Cool batizou a filha de Ramona, enquanto Billie Joe Armstrong, voz da banda, decidiu colocar no filho o mesmo nome do vocalista dos Ramones: Joey.
Jaquetas de couro, calças jeans apertadas, cabelos longos e meio bagunçados. Os Strokes ressuscitaram o espírito punk em plenos anos 2000, com o EP The Modern Age, de 2001. Gravação ruim, voz abafada, baixo e bateria monótonos e robóticos. Eles ainda trouxeram a revolução para uma nova geração de jovens: a anarquia musical. Com os Strokes, veio o Napster (ou o inverso) e a pirataria conseguiu derrubar a indústria fonográfica como conhecíamos. Se isso não é punk, se isso não é Ramones, o que mais seria?