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Fevereiro de 2014: dez novos artistas da música que você precisa conhecer

Redação Publicado em 04/02/2014, às 13h23 - Atualizado às 13h25

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Galeria novos artistas: Martin Garrix (novos artistas) - Divulgação
Galeria novos artistas: Martin Garrix (novos artistas) - Divulgação

Reignwolf

Soa como: Um bluesman canadense desequilibrado, apaixonado e elétrico que não consegue se decidir se quer ser Robert Plant ou Jimmy Page.

Para fãs de: Black Keys, White Stripes, The Jon Spencer Blues Explosion.

Por que você deveria prestar atenção: Jordan "Reignwolf" Cook tem cativado multidões com uma performance acrobática, subindo em baterias, montando nas costas de seguranças, solando no meio do público e abusando de sua guitarra Gibson. Embora tenha sob seu nome apenas uma edição de mil cópias de um single de 7’ e o lançamento do mesmo no iTunes, ele já abriu para o Pixies, vai abrir para o Black Sabbath e foi ao Studio 606, de Dave Grohl, para gravar músicas que podem aparecer em seu aguardado disco de estreia.

Ele diz: “Geralmente quando saio do palco percebo todo tipo de novos machucados e cortes, e sangue na minha guitarra. Mas quando você está se apresentando, você simplesmente não pensa nessas coisas.”

Ouça: A dramática e cheia de distorção "Are You Satisfied?"

Por Christopher R. Weingarten


Ty Dolla $ign

Soa como: Uma noite pervertida com múltiplos parceiros sexuais.

Para fãs de: Future, Lil Wayne, Chris Brown.

Por que você deveria prestar atenção: Antes de ele ter escrito hits para YG ("Toot It and Boot It") e Wiz Khalifa ("Young, Wild & Free"), Tyrone Griffin, 28, emergiu do underground soul de Los Angeles em meados dos anos 2000, aprendendo com artistas inovadores como Sa-Ra Creative Partners e Erykah Badu. Ele entrou para o selo Taylor Gang, de Khalifa, no ano passado, e acompanhou o rapper em uma turnê. Lançado em janeiro, o EP Beach House deslumbra com seu minimalismo electro-pop e os carismáticos, porém honestos vocais. Mas ele claramente também aprecia composições de R&B clássico, e diz que o ícone noventista Brian McKnight e o cantor gospel Kim Burrell são seus ídolos.

Ele diz: “Eu tento dizer tudo que todo mundo sente de verdade. Tento não adoçar a merda. Basicamente, minhas letras são como um manual de instruções. É uma trilha sonora para a noite.”

Ouça: O sedutor single “Paranoid”, no qual Ty se preocupa com o que suas duas namoradas vão fazer quando se encontrarem.

Por Mosi Reeves


Martin Garrix

Soa como: Eurodance que vai fazer você querer se vestir como um esquilo glam e festejar até ter um colapso.

Para fãs de: Tiësto, Skrillex, Calvin Harris.

Por que você deveria prestar atenção: Esse DJ e produtor holandês de 17 anos com cara de bebê parece um modelo, mas não o odeie por ele ser bonito. Odeie-o porque a vida dele é muito melhor que a sua. Ele recentemente teve um hit monstruoso na Europa, “Animals”. Conseguiu enorme sucesso no circuito de festivais do continente e embarca agora para sua primeira turnê norte-americana, antes de tocar no Ultra Festival e no Coachella.

Ele diz: “Era 2004 e eu estava vendo TV com meus pais, que mencionaram que um famoso DJ holandês iria tocar nas Olimpíadas, então assistimos juntos. Foi a primeira vez que eu vi um DJ se apresentando. Quando vi Tiësto, pensei que era a coisa mais legal, e queria fazer eu mesmo! Sempre fiz o que eu mais amo: música. O fato de ‘Animals’ ter se tornado tão grande foi tão inesperado! Essa montanha-russa que eu tenho vivenciado é simplesmente uma loucura! Você conhece tanta gente nova, consegue se apresentar nos lugares mais impressionantes do mundo e consegue tantas oportunidades. Me sinto muito feliz por poder fazer isso”.

Ouça: Se junte aos cerca de 140 milhões de views de “Animals”.

Por Jon Dolan


Lucy Hale

Soa como: A estrela da série The Pretty Little Liars e ganhadora constante do Teen Choice Awards diz que cresceu ouvindo country e músicas de princesas da Disney. Essas influências se unem no novo single dela, "You Sound Good to Me".

Para fãs de: Sugarland, Dixie Chicks, Juliette Barnes.

Por que você deveria prestar atenção: É difícil uma garota encontrar lugar em rádios country hoje em dia, mas Lucy, que está começando sua quarta temporada como a Ária de Pretty Little Liars, leva para as estações 3 milhões de espectadores e ainda mais seguidores do Twitter. “You Sound Good to Me” vendeu 42000 downloads na primeira semana, tendo entrado nas paradas norte-americanas. Um disco completo gravado com o produtor Mark Bright (Rascal Flatts, Scotty McCreery, Carrie Underwood) e contando com um dueto com Joe Nichols deve sair em breve.

Ela diz: “Começávamos as gravações por volta de 10 da manhã e parávamos às 13h para almoçar. Sou obcecada por molho ranch, e comia praticamente todos os dias. Depois que almoçávamos, eu voltava para continuar as gravações e soava 50% melhor. Então, brincávamos que molho ranch é minha arma secreta”.

Ouça: A calorosa "You Sound Good to Me".

Por Keith Harris


A Day to Remember

Soa como: Power-punk-pop hiperativo com o ocasional grito do hardcore como válvula de escape.

Para fãs de: Os refrãos do New Found Glory, os riffs do Killswitch Engage, o festival Warped Tour.

Por que você deveria prestar atenção: Depois de mais de dez anos tentando entrar parao line-up do Warped Tour, com uma mistura única e improvável de metalcore e pop açucarado (e brigar com a gravadora Victory Records nos tribunais), esses rapazes da Flórida lançaram sozinhos o quinto álbum, Common Courtesy, no ano passado. A aposta valeu, já que o single "Right Back at it Again" entrou para a parada alternativa da Billboard. O espírito faça-você-mesmo não é limitado apenas aos discos: em março, vai acontecer o Self-Help Fest, em San Bernardino, California, organizado por eles.

Eles dizem: “Nós éramos verdadeiramente uma banda de garagem”, diz o vocalista Jeremmy McKinnon. “Começamos em uma cidade pequena, nas garagens de nossos pais, e sempre ligavam para a polícia simplesmente porque estávamos fazendo música. Os vizinhos ficavam putos. Trabalhávamos e pagávamos por tudo que fazíamos, e daí foi uma bola de neve. Não houve um ponto em que fomos alçados ao topo – foi um crescimento gradual. É por isso que pudemos sustentar as coisas; nada veio muito rápido. Ir vagarosamente no decorrer desses 10 anos nos deu tempo para crescer”.

Ouça: A banda faz uma crônica da própria história, das garagens até o fato de serem headliners de seu próprio festival em "Right Back At It Again".

Por Maura Johnston


Lydia Loveless

Soa como: Loretta Lynn e Patti Smith tomando shots em um bar enquanto cowboys e punks entram em confronto.

Para fãs de: Neko Case, Lucinda Williams, cantoras country que não se opõem a usar a palavra “foda” quando necessário.

Por que você deveria prestar atenção: Apoiada por ninguém menos do que Richard Hell, essa cantora de 23 anos causou muitos comentários no festival SXSW do ano passado, e acabou de terminar o disco Somewhere Else, um conjunto dolorido e vigoroso embrulhado por guitarras elétricas.

Ela diz: “Eu não sou uma grande fã secreta da Ke$ha – na verdade, eu tenho o logo dela tatuado no meu tornozelo! Minha amiga e eu fomos ver o show dela no ano passado, e fizemos tatuagens combinando. Sou fascinada por essa coisa de estrelas do pop, e eu acho que ela é uma ótima compositora de pop. Eu faço uma versão despida de ‘Blind’ para que as pessoas tenham uma outra perspectiva dela”.

Ouça: a docemente torturada "To Love Somebody".

Por Will Hermes


Kuenta i Tambu

Soa como: Uma festa em um galpão cercado por quatro paradas carnavalescas diferentes.

Para fãs de: Major Lazer, Buraka Som Sistema, Machel Montano.

Por que você deveria prestar atenção: Uma mistura forte de sintetizadores e música tradicional de tambores de Curaçao, Kuenta i Tambu (ou K i T) significa “palavras e bateria” na língua caribenha papiamento. É uma definição livre da música a que esses festeiros de Amsterdã pagam tributo, canções de trabalho vindas dos escravos da ilha de Curaçao, um dia ocupada pela Holanda.

Eles dizem: “Tocamos em uma festa de rua no Bronx, e eu estava dançando com essa senhora, acho que ela tinha uns 70 anos”, diz Roël Calister, líder do grupo. “E ela estava indo até o chão, sabe? As pessoas ficaram fanáticas. Acho que eram as batidas hipnotizantes dos nossos tambores, os tambús, que são a parte mais importante do nosso set”.

Ouça: “Jackhammer” envergonha quem não se esforça na pista com os cantos motivacionais da vocalista Diamanta von Lieshdek.

Por Julianne Escobedo Shepherd


Lake Street Dive

Soa como: O grupo pop favorito de Llewyn Davis, personagem do mais recente filme dos irmãos Coen; músicas com ares jazzy e soul que teriam dominado as paradas nos anos 1960.

Para fãs de: Norah Jones, Pink Martini, Hurray for the Riff Raff.

Por que você deveria prestar atenção: Lançado como um experimento country/jazz em um conservatório em Boston, em 2005, o Lake Street Dive evoluiu para se tornar o mais duro quarteto de swinging pop desde o The Manhattan Transfer. O segundo álbum deles, Self Portraits, é um moderno conjunto de músicas que separam as diferenças entre o soul da Motown, o pop dos anos 1960 e o swagger da Invasão Britânica. Com a premiada vocalista de jazz Rachael Price como ingrediente secreto, o LSD tem um carisma coletivo que vai levá-los longe.

Eles dizem: “Nós viemos da cena do jazz institucional”, diz Rachael, “então foi uma coisa maliciosa e maluca decidir tocar pop de três acordes. Queríamos fazer música que arrebanhasse fãs mais jovens, mas crescemos ouvindo os Beatles e acabamos tocando o tipo de música que nossos pais amam. Não pensamos na demografia, apenas pensamos ‘vamos tocar pop’.”

Ouça: Rachael entrega seu talento na explosiva "Rental Love".

Por Richard Gehr


Alcest

Soa como: Se o Cocteau Twins tivesse descoberto um trio com um histórico de embate contra grupos de space-pop e bandas de post-rock.

Para fãs de: Slowdive, Mogwai, o adjetivo "etéreo".

Por que você deveria prestar atenção: Esse duo parisiense de “post-metal” trocou as luvas de couro e a corpse paint que usavam durante seus pacíficos dias como adolescentes do black metal por um segundo ato de dream pop (e um visual envolvendo suéteres e pele clara). As oito faixas do quarto e mais recente disco da banda têm mais em comum com o Sigur Rós do que com o Satyricon. A transformação deles foi convincente o bastante para que eles conseguissem Birgir Jón Birgisson (do Sigur Rós) para produzir e Neil Halstead, do Slowdive, para cantar a apropriada “Away”.

Eles dizem: “Me senti um pouco entediado com essa coisa do metal uns anos atrás”, diz o vocalista e multi-instrumentista Neige. “Muitos dos antigos fãs estão completamente perdidos. Eles não conseguem entender por que uma banda que antes era de metal mudaria para outra coisa. As pessoas pensam que sabem melhor do que eu o que é o Alcest. É maluco. Na Austrália, tínhamos um público que pulava do palco, o que era bem engraçado. Essa música é muito, muito calma e muito serena e quase teve uma briga no público. É tão engraçado quando você toca essa música bem sonhadora e etérea e vê pessoas pulando do palco. É completamente estranho.”

Ouça: a tóxica, esplendorosa e homérica "Délivrance", música de dez minutos que fecha o álbum.

Por Kory Grow


Angel Olsen

Soa como: Às vezes, até a Nação Alternativa fica triste.

Para fãs de: PJ Harvey, The Breeders, Sharon Van Etten.

Por que você deveria prestar atenção: Will Oldham (ou Bonnie "Prince" Billy, como ele é conhecido) chamou Angel para cantar no disco Wolfroy Goes to Town (2011), e voz angelical dela roubou a cena. Ela atualmente está na gravadora Jagjaguwar, a mesma de Bon Iver, e o segundo disco dela, Burn Your Fire for No Witness, flutua entre canções esparsas de introspecção e faixas blueseiras que conseguem transmitir algum otimismo.

Ela diz: “[Minha música] muda de melodias calmas para o rock and roll – algumas pessoas podem se aventurar a dizer que isso é psych-folk. Espero que os ouvintes consigam pescar algo que tenha significado para eles e, se não, algo divertido”.

Ouça: O punk vibrante “Hi-Five”.

Por Mike Ayers