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The Who além dos hits: dez grandes canções para você saber mais sobre a banda

Redação Publicado em 21/09/2017, às 14h40 - Atualizado às 14h43

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The Who - Patrick Semansky/AP
The Who - Patrick Semansky/AP

“A Legal Matter"

Em 1965, Pete Townshend ainda não havia se casado, mas aqui escreveu com perfeição sobre as agruras do final de um relacionamento, comentando a parte burocrática que levava antigos amantes a se tornarem inimigos dentro de um tribunal. "A Legal Matter" foi originalmente incluída no LP My Generation (1965). "Agora é uma questão legal, baby. Casamento não tem graça", ele escreveu. A canção também serve, no entanto, como metáfora para o imbróglio jurídico em que a banda e seus empresários se meteram com Shel Talmy, até então produtor do The Who.


"Silas Stingy"

Lançada no álbum The Who Sell Out (1967), "Silas Stingy" era mais uma das canções com cunho bizarro proveniente da pena do baixista John Entwistle. O personagem central, Silas Stingy, é um pão-duro e miserável que guarda todo o dinheiro que tem em uma caixa preta. Ele não se alimenta, usa roupas sujas e não tem vida social. Tudo isso para não gastar um centavo. No fundo da mente dele, uma voz diz que todo o dinheiro será roubado. Fica fácil prever o que acontece. Essa canção sinistra dispensa as guitarras e é conduzida pelo baixo do autor e por um órgão de igreja.


"Melancholia"

Gravada nas sessões de The Who Sell Out (1967), mas inédita até ser revelada na caixa retrospectiva Thirty Years of Maximum R&B (1994), "Melancholia" é uma canção sinistra e mal-humorada sobre coisas que dão errado na vida e que nos deixam impotentes. "O sol está brilhando, mas não para mim" é a mensagem.


"Little Billy"

Quando jovem, Townshend fumava maconha e tomava anfetaminas, mas aos poucos começou a largar o uso. E depois de passar por uma bad trip em 1967, durante uma viagem de avião dos Estados Unidos à Inglaterra, ele nunca mais ingeriu LSD. Na década de 1970, porém, entrou de cabeça na bebida, e isso quase foi a sua perdição. Apesar de na época ele ser um fumante inveterado (como os outros membros da banda), o compositor escreveu "Little Billy", que seria direcionada a uma associação antitabagista. Na história, Little Billy é considerado careta por não fumar, enquanto seus amigos seguiam afirmando que o cigarro era cool. O tempo passa e o perosnagem central permanece vivo, enquanto todos os colegas dele morrem de câncer. "Little Billy está na boa", diz a letra, lançada em Odds & Sods (1974).


"Now I'm a Farmer"

A canção é uma ode à vida autossustentável, e celebra a alegria de se tornar um fazendeiro, de se viver uma vida simples e plantar e colher os vegetais para comer. "Agora eu sou um fazendeiro, estou cavando, cavando, cavando", canta Daltrey. A canção é leve, tanto na melodia de inspiração folk rock quanto na mensagem. O final é bem-humorado, com Keith Moon realizando uma divertida intervenção, bancando o velho fazendeiro detalhando o que planta: "tomates, batatas, berinjelas...". "Now I'm a Farmer" foi gravada em 1970 e permaneceu arquivada. Só revelada em Odds & Sods (1974).


"However Much I Booze"

Nesta faixa autodilacerante de The Who By Numbers (1975), Pete Townshend já iniciava os trabalhos declarando: "Eu me vejo na TV, eu sou fingido, um palhaço de papel. Os meus amigos sabem que eu sou um mentiroso, eu somente os decepciono". O músico havia completado 30 anos e entrava em uma crise existencial, contestando o próprio papel no mundo do rock e dentro da sociedade. Ele perdia noites de sono pensando na responsabilidade que carregava, achava que não estava escrevendo mais com honestidade e se via ultrapassado. Não conseguia encarar o fracasso pessoal. O jeito então era encher a cara com brandy, concluindo que “não havia saída”. O próprio Townshend canta "However Much I Booze". Afinal, tratava-se de uma canção muito pessoal para ter ficado com Daltrey.


"Blue, Red and Grey"

Esta é uma charmosa faixa de The Who by Numbers, na qual Townshend canta acompanhado de um ukelele e com uma discreta orquestra por trás dando um apoio sonoro. Esta é mesmo uma gravação solo de Townshend – o resto da banda não participou do registro. Na faixa, com total sinceridade, o músico reflete sobre levar uma existência longe da competição e da ganância da vida moderna.


"Music Must Change"

Quando Who Are You foi lançado, no dia 18 de agosto de 1978, o LP foi soterrado por uma notícia terrível: a morte do baterista Keith Moon, em 7 de setembro daquele ano. Talvez em virtude da imensa tragédia que caiu sobre a banda, o disco não tenha recebido a avaliação crítica que merecia. Ainda apoiando-se nos sintetizadores, Townshend veio com canções com estruturas complexas. Sobre tudo pairava as mudanças do panorama musical – "Music Must Change" é sobre isso. Ancorado em uma base quase de jazz, o líder do The Who alertava que rock ainda era uma causa justa, mas que a música deveria ecoar o que as ruas pediam, como clamava a geração punk.


"Long Live Rock"

Um das grandes canções a celebrar a essência do próprio rock and roll e também a calar a boca daqueles que falavam, já naquela época, que o rock estava morto, "Long Live Rock" foi enviada para o pioneiro Billy Fury depois que Townshend abandou a ideia de fazer um álbum conceitual sobre as raízes do estilo. A canção com som retrô fala muito sobre o The Who: "Nós fomos os primeiros a vomitar no bar e a achar que o caminho até o palco era muito longo", relata a letra. A versão do The Who foi revelada em Odds & Sods.


"Real Good Looking Boy"

Gravada por Pete Townshend e Roger Daltrey para ser incluída na coletânea do Then and Now (2004), "Real Good Looking Boy" leva a banda de volta à sonoridade dos anos 1970. Na letra, o autor, Pete Townshend, fala um pouco dos tempos em de juventude. A canção também é uma homenagem a Elvis Presley e cita "Can't Help Falling in Love", hit do Rei do Rock.