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Alessandro Penezzi, um virtuose do violão

Redação Publicado em 01/04/2012, às 08h41 - Atualizado em 05/04/2012, às 16h43

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Alessandro Penezzi - Divulgação
Alessandro Penezzi - Divulgação

Por Robie R.

Em minhas noites de boemia pelos bares da vida, comecei a prestar atenção em um violonista. Quanto mais eu o ouvia tocar, mais eu pensava que aquilo não era normal. Continuei observando-o à distância. Até que no dia do músico do ano passado (a data é comemorada em 22 de novembro), fui ao Ó do Borogodó, bar de samba e choro em São Paulo. A casa estava mais vazia que o usual. Pude sentar-me tranquilamente e ouvir, bem ali, frente aos meus olhos e ouvidos pasmos, um impressionante solo de violão, executados por Alessandro Penezzi.

Comecei a perguntar a opinião de pessoas ligadas à música, sobre o tal violista. “Gênio”, foi o que saiu da boca de um dos músicos que consultei, respeitado no país.

Alessandro Penezzi – “Brasileirinho”

Nascido em Piracicaba, em 19 de Fevereiro de 1974, Alessandro Penezzi começou seus estudos musicais aos 7 anos. Toca também violão de 7 cordas, violão tenor, cavaquinho, bandolim e flauta. Ele já trabalhou com grandes nomes da música popular brasileira. Uma pequena lista para exemplificar: Dominguinhos, Yamandú Costa, Hermeto Paschoal, Zimbo Trio, Beth Carvalho, Silvio Caldas, Danilo Brito, Renato Borghetti, Carlos Malta, Ricardo Herz, Carlos Poyares, Billy Blanco, Dona Yvone Lara, Toninho Ferragutti, Oswaldinho do Acordeon, Laércio de Freitas, Caíto Marcondes, Arismar do Espírito Santo, Sizão Machado, Oswaldinho da Cuíca, Proveta, André Mehmari, Maurício Carrilho, Luciana Rabello, Joel Nascimento, Época de Ouro, Rogério Caetano e Orquestras Jazz Sinfônica de São Paulo, entre outros.

O currículo de Penezzi impressiona. Ele estudou com Carlos Coimbra (Piracicaba), Jair T. de Paula (Tatuí), Sérgio Belluco (Piracicaba) e Ulisses Rocha (Unicamp). Formou-se em violão erudito em 1997, pela Escola de Música de Piracicaba, e tornou-se Bacharel em Música Popular pela Unicamp, em 2005.

“Graúna”

O primeiro disco dele, Abismo de Rosas, foi lançado em 2001 e contou com as participações de Ulisses Rocha e Wagner Silva, entre outros. Em 2002, excursionou pela Itália (Catânia e Trecastagni) realizando concertos de Violão Popular Brasileiro. Foi violonista do Trio Quintessência entre os anos de 2001 a 2007. O trio, que lançou o CD A Quintessência da Música (2003), excursionou pela Rússia, Estados Unidos e Angola. É integrante do Choro Rasgado, grupo instrumental que mantém a tradição do choro em todas as suas vertentes. O CD Baba de Calango, lançado pelo grupo em 2004, recebeu inúmeros elogios da crítica especializada e uma indicação ao Prêmio Tim da Música Brasileira (2005). Em 2005, ele foi convidado a participar da 2ª edição do Violões do Brasil, que traçou um panorama do violão brasileiro desde os primórdios até os expoentes da atualidade. O projeto foi lançado em um box contendo DVD, CD e livro, e à época contou com shows de lançamento no Teatro Tuca, em São Paulo, e no Palácio das Artes, em Belo Horizonte (MG).

Em setembro de 2006, Penezzi lançou o segundo disco, homônimo. Com participações especiais de Beth Carvalho, Yamandú Costa, Amélia Rabello, Oswaldinho da Cuíca, Quinteto em Branco e Preto e Arismar do Espírito Santo, o álbum teve uma indicação ao Prêmio Tim de Música Brasileira (2007). Sentindo, o terceiro trabalho, saiu em 2008, e também rendeu a ele a indicação ao prêmio de Melhor Solista no Prêmio da Música Brasileira na categoria Melhor Solista. Cordas ao vento, em duo com o clarinetista Alexandre Ribeiro. O trabalho, além de contar com várias críticas positivas, viabilizou uma turnê nacional (RS, PA, PE, DF, RJ) e internacional (Macedônia, Kosovo, Bélgica e Holanda). Em Amsterdã, o concerto realizado na Bimhuis, grande casa de shows onde se apresentam grandes nomes do Jazz, o show foi gravado e lançado no CD Ao Vivo na Bimhuis – Amsterdã.

Ouça abaixo duas canções compostas por Penezzi:

“Valsa Crioula”

“Cordas ao Vento”

Além da carreira artística, Alessandro tem grande experiência como professor, recebendo convites para ministrar workshops e oficinas em festivais pelo Brasil afora. Ele também já publicou artigos em revistas especializadas, como Guitar Player, Acústico e Violão Pró.

Em todas as imagens, Pennezzi aparece com longas madeixas. Recentemente, porém, o músico passou máquina zero no cabelo, o que pode representar uma nova fase.