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Ao combinar presente e passado, A Última Carta de Amor é um romance charmoso e agradável [REVIEW]

Estrelado por Shailene Woodley e nova aposta da Netflix, A Última Carta de Amor é o filme perfeito para aquecer o coração em um sábado à noite

Isabela Guiduci Publicado em 24/07/2021, às 11h00

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A Última Carta de Amor (Foto: Netflix/Divulgação)
A Última Carta de Amor (Foto: Netflix/Divulgação)

Sabe aquele filme que parece abraçar o espectador devido à linguagem bastante sensível e delicada? O novo longa-metragem da Netflix atende muito bem essa caraterística. A Última Carta de Amor, estrelado por Shailene Woodley, Callum Turner e Felicity Jones, é um romance charmoso e agradável - mesmo composto inteiramente de clichês. 

Baseado no livro homônimo de Jojo Moyes lançado em 2008, A Última Carta de Amor é a nova aposta de gênero romântico da Netflix. Lançada nesta sexta, 23 de julho, é uma escolha perfeita para aquecer o coração em um sábado à noite. Embora a narrativa apele ao drama em alguns momentos, é suficientemente sensível e sutil. 

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O filme não traz nenhuma história nova ou surpreendente, pelo contrário, é repleta de clichês. No entanto, o longa-metragem constrói a narrativa de uma maneira aconchegante e agradável, trazendo uma suavidade emocionante aos diálogos dos personagens, especialmente dos protagonistas. 

Assim como o livro, a história da produção cinematográfica parte da recuperação de Jennifer Stirling (Shailene Woodley) após sofrer um acidente de carro e perder a memória. Apesar da realidade parecer verdadeira ao lado do marido Lawrence (Joe Alwyn), a personagem sente estar faltando algo - e ao vasculhar uma caixa de memórias, começa a descobrir a própria história. 

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Ao combinar o passado e o presente, guiados respectivamente por Stirling e Ellie Haworth (Felicity Jones), o filme ganha um ritmo levemente acelerado. Nos universos quase totalmente divergentes em tom, estética, estilo e interpretação emocional do mundo, o longa-metragem brinca com linguagens e imagens de um modo muito interessante. 

Para explorar ambos os universos, a produção volta ao passado a partir das cartas de amor trocadas por Jennifer Stirling e Anthony O’ Hare (Callum Turner). O casal vivia um romance proibido na década de 1960 e precisava viver de encontros casuais, longe dos olhos sociais. Como um bom clichê conhecido do gênero romântico, o clímax se dá enquanto os dois tentam encontrar uma possibilidade para estarem juntos.

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A química de Turner e Woodley é magnética e envolve o público em toda emoção transbordada através das cartas, fazendo com que os espectadores torçam pela união dos personagens do início ao fim. Com intensidade, sensibilidade e de modo genuíno, os atores protagonistas dão vida ao inocente amor - quase uma cega e intensa paixão adolescente. 

Callum Turner consegue cumprir o papel de galã de filmes românticos e o jornalista Anthony O’Hare é totalmente hipnotizante. Mas, o principal destaque de desempenho é de Shailene Woodley, quem provoca diversas sensações nos espectadores: dos momentos mais complexos e profundos aos mais leves e divertidos. 

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Os planos não aconteceram como pensados pelos protagonistas - afinal, é um amor escondido e proibido na década de 1960. Consequentemente, o drama pode ficar acentuado em alguns momentos. Antes de ficar excessivo, contudo, volta ao presente liderado pelo desempenho encantador de Felicity Jones, quem encontra as cartas trocadas pelo casal e, fascinada com tamanho sentimento, quer descobrir qual fim levou esse grande amor.

A realidade de Ellie é igualmente divertida, mas não é tão explorada ao longo do filme. Como história secundária, a jornalista cumpre um papel impressionante em prender atenção e levar o público na aventura dela em busca dos responsáveis pelas cartas de amor, porém, nada da vivência dela é totalmente aprofundado. 

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Um dos destaques do filme é o cuidado com os figurinos da década de 1960. Além de serem confortáveis visualmente, são combinados aos cenários, formando paletas de cores belíssimas e igualmente sensíveis, como o tom proposto pelo longa-metragem. Shailene Woodley, por exemplo, brilha com roupas, maquiagens e mínimos detalhes corporais, que refletem a realidade dela. 

Os cenários também são ótimos e admiráveis, localizados em Paris e Londres - duas cidades de diferentes países, França e Inglaterra, respectivamente. Mais uma vez, o diretor Augustine Frizzel consegue trazer com as imagens, uma deliciosa estética romântica vintage, especialmente devido à narrativa concentrada no passado. 

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Além do visual, a preocupação com a trilha sonora também é nítida. As canções embalam a narrativa do começo ao fim sendo responsáveis por potencializar os momentos mais emocionantes e comoventes de A Última Carta de Amor. Hits clássicos dos anos 1960 também estão presentes. 

Apesar dos muitos acertos, os clichês são previsíveis em todo o filme e, de fato, nada é surpreendente na trama. Os dramas também são exagerados em rápidos momentos mesmo com os contornos a partir das cenas mais enérgicas - geralmente, nas situações de Ellie no presente. 

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A Última Carta de Amor também peca em profundidade em algumas histórias, como a da própria Ellie. Há personagens que, embora pareçam interessantes ou importantes para a composição geral, acabam jogados na narrativa e aparecem muito rapidamente em cenas: sem contexto ou apresentação prévia. 

A nova aposta da Netflix, contudo, consegue envolver o espectador e entrega até mais detalhes que o esperado para um filme do gênero romântico. Em uma narrativa harmônica e sensível, o desempenho dos protagonistas se destaca e forma um longa-metragem aconchegante, charmoso e agradável - capaz de deixar o coração do público quentinho. A Última Carta de Amor já está disponível no serviço de streaming. 

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