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Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa homenageia a trajetória do herói no cinema e entrega tudo e mais um pouco para o público [REVIEW]

Conclusão da trilogia de Tom Holland como Peter Parker, Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa apresenta trama simples, mas repleta de referências da história do herói nas telinhas

Mariana Rodrigues (sob supervisão de Yolanda Reis) Publicado em 16/12/2021, às 14h14

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Tom Holland como Peter Parker em Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa (Foto: Divulgação/Marvel)
Tom Holland como Peter Parker em Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa (Foto: Divulgação/Marvel)

Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa se tornou um dos filmes mais aguardados de 2021 e cada segundo de espera parece ter valido a pena. Com performances impecáveis, cenas de luta de tirar o fôlego, momentos engraçados – e muito emocionantes – o diretor Jon Watts entregou tudo e mais um pouco do que se pode esperar de um filme de herói – principalmente quando se diz respeito a um dos mais queridos do mundo.

Sem Volta Para Casa conclui a primeiro trilogia de Tom Holland como Peter Parker/Homem-Aranha no MCU e apresenta um lado mais sensível, emotivo e independente do jovem. Apesar de ser o sexto filme do personagem na Marvel, essa versão do herói apresentou uma lenta evolução desde a primeira participação em Capitão América: Guerra Civil (2015). Sem uma história de origem, o público acompanhou Peter quando ele já salvava os bairros de Nova York e foi descoberto por Tony Stark (Robert Downey Jr.), quem se tornou um mentor para ele na equipe dos Vingadores.

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Com a morte do Homem de Ferro, no entanto, Peter não se achava forte o suficiente para assumir as responsabilidades que os poderes traziam e optou por entregar a tecnologia Stark para Mystério (Jake Gyllenhaal), quem se revela um vilão em Homem-Aranha: Longe de Casa (2019). Como consequência, o jovem tem a identidade revelada ao mundo na cena pós-créditos que serve como gancho para Sem Volta Para Casa.

Sem Tony Stark, Peter procura ajuda do Doutor Estranho (Benedict Cumberbatch) para reverter a situação e fazer com que o mundo esqueça que ele é o Homem-Aranha. Apesar dos conselhos e da ajuda, dessa vez, Doutor Estranho está longe de ser um mentor para Peter. Pelo contrário, o garoto não tem medo de se impor e defender o que acha certo, mesmo que Stephen não concorde.

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Isso simboliza uma grande evolução na construção do Homem-Aranha no MCU, quem comparado com as outras duas versões do personagem na Sony, sempre foi muito mais dependente e inseguro em relação às próprias habilidades. Com uma atuação impactante, Holland mostra um novo lado de Peter, mais emotivo, que precisa lutar contra as dores e assumir o comando em situações de vida ou morte sem hesitar.

Não há como negar, Peter cresceu. No entanto, a dualidade entre manter a vida como um adolescente normal e ser um super-herói sempre estará presente. Por isso, MJ (Zendaya) e Ned (Jacob Batalon) não abandonam o amigo em nenhum momento, nem mesmo quando vilões de outras realidades se tornam a mais nova ameaça da cidade quando feitiço do Doutor Estranho sai do controle.

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Essa é a principal jogada da Marvel na fase 4: as inúmeras possibilidades que o multiverso cria. Com isso, personagens icônicos como Doctor Octopus de Alfred Molina e Electro de Jamie Foxx puderam contracenar com o Aranha pela primeira vez no MCU. Apesar de ser um golpe perigoso, a Marvel soube administrar as múltiplas realidades da melhor maneira até agora.

E, mesmo com algum tempo desde que os atores vestiram o figurino dos vilões, é quase como se os anos não tivessem passado. É inevitável não ser transportado para a trilogia de Tobey Maguire assim que Octupos diz “olá, Peter” ou então se sentir em O Espetacular Homem-Aranha ao reencontrar o Dr. Curtis Connors na forma do Lagarto. A nostalgia invade a tela e conquista a todos, principalmente a quem cresceu acompanhando esses heróis nos cinemas.

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Por outro lado, a quantidade de CGI é cansativa. Boa parte das cenas são visivelmente filmadas dentro de um estúdio. No entanto, é o que se espera de um filme de herói. Mas isso não se torna um problema, pois o cenário se transforma em algo completamente secundário em comparação ao show de Holland na tela. Seja se pendurando de um lado para outro ou então em batalhas muito bem coreografadas – e até mesmo mais violentas do que as vistas nos outros filmes.

Sem Volta Para Casa é uma homenagem à trajetória do Homem-Aranha no cinema. Com inúmeras referências aos outros longas, Easter eggs e recriação de cenas icônicas, o filme foi feito para os fãs. Com uma trama relativamente simples e sem grandes reviravoltas na história – principalmente por conta de vazamentos antes da estreia –, ele se sustenta da paixão pelo personagem, dando ao público tudo aquilo que ele queria ver. É um grande fan service, mas é um fan service muito bem feito.

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Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa estreou em 16 de dezembro nos cinemas. Confira o trailer oficial: