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Morre Sidney Poitier, primeiro negro vencedor do Oscar de Melhor Ator, aos 94 anos

Premiado por Uma Voz nas Sombras, Sidney Poitier também trabalhou em Ao Mestre, com Carinho e Adivinhe Quem vem para Jantar

Redação Publicado em 07/01/2022, às 15h03

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Sidney Poitier (Foto: Tommaso Boddi/Getty Images for AFI)
Sidney Poitier (Foto: Tommaso Boddi/Getty Images for AFI)

O ator Sidney Poitier, primeiro negro a vencer o Oscar de Melhor Ator, morreu nesta sexta, 7 de janeiro, aos 94 anos, conforme noticiado pelo G1. Ele é conhecido por atuar em diversos filmes de sucesso, como Uma Voz nas Sombras, Ao Mestre, com Carinho e Adivinhe Quem vem para Jantar.

Poitier era cidadão americano-bahamense, e a informação foi confirmada por Fred Mitchell, Ministro das Relações Exteriores das Bahamas. A causa e o local da morte não foram divulgados.

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Um dos últimos astros vivos da Era de Ouro de Hollywood, Sidney Poitier marcou a história do cinema — e dos diretos civis — quando recebeu a estatueta de Melhor ator em 1964 pelo papel de Homer Smith em Uma Voz das Sombras. Conforme noticiou o Globo, isso só se repetiu 38 anos depois, com Denzel Washignton ganhando o prêmio pelo filme Dia de treinamento.

Além do filme que o rendeu o Oscar de Melhor Ator, Poitier ficou conhecido por estrelar outras grandes produções, como Ao Mestre, com Carinho, Adivinhe Quem vem para Jantar e No Calor da Noite, lançados em 1967. Ao todo, o astro recebeu 27 prêmios na carreira e mais de 40 indicações.

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Quem era Sidney Poitier?

Nascido em um veleiro a caminho de Miami, nos Estados Unidos, Poitier teve uma infância pobre, conforme lembrou o Omelete. Em seguida, mudou-se para Nova York e trabalhou lavando pratos e dormindo em terminais de ônibus até 1943, quando mentiu a idade para se alistar no Exército durante a Segunda Guerra Mundial.

Quando voltou da guerra, interessou-se pela atuação. Seu primeiro papel creditado nos cinemas foi em O Ódio é Cego, drama noir de Joseph L. Mankiewicz lançado em 1950. Na época, o personagem foi aclamado pela crítica e pela imprensa, e levou o astro a conseguir novos papéis de sucesso.

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Em uma entrevista emblemática ao New York Times em 1967, o astro explicou que todos os papéis interpretados por ele tinham um objetivo claro: "É uma escolha, uma escolha clara. Se a estrutura da sociedade fosse diferente, eu gritaria aos céus para bancar os vilões e lidar com diferentes imagens da vida do negro que seriam mais dimensionais. Mas eu estaria condenado se eu fizesse isso nesta fase do jogo."