Rolling Stone
Busca
Facebook Rolling StoneTwitter Rolling StoneInstagram Rolling StoneSpotify Rolling StoneYoutube Rolling StoneTiktok Rolling Stone

808 sex

Sexo, wasabi e electro dos pampas

Lidy Araújo Publicado em 21/08/2007, às 14h04 - Atualizado em 11/09/2007, às 11h18

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Nando Endres, Samantha X e DJ Chernobyl:do sul para o mundo - Marcelo Nunes/Bandits Studio/Divulgação Estilo Marcelo Bragagnolo
Nando Endres, Samantha X e DJ Chernobyl:do sul para o mundo - Marcelo Nunes/Bandits Studio/Divulgação Estilo Marcelo Bragagnolo

Idealizada numa noite regada a sushi e cerveja, no calor sufocante do verão porto-alegrense, a 808 Sex tomou um rumo inesperado. Menos de um ano após sua criação, a banda de electro rock contabiliza resultados positivos, tendo a internet e o popular boca a boca como únicos meios de divulgação. Não que isso seja novidade, afinal a rede é grande aliada dos artistas independentes. No entanto, os próprios integrantes se surpreendem com os elogios.

A formação, aliás, não deixa de ser inusitada. Samantha X, a vocalista, é jornalista, mas sempre sonhou em cantar. À frente da banda, ela assume uma atitude minimalista e sensual. InferNando, o guitarrista, é Nando Endres, que toca baixo na banda Comunidade Nin-Jitsu, e é o responsável pelo peso e sujeira do rock nas composições da 808 Sex. As programações eletrônicas ficam nas mãos do DJ Chernobyl, que produz o Bonde do Rolê e é guitarrista da Comunidade Nin-Jitsu. O nome é uma referência à bateria eletrônica TR 808, utilizada por bandas da década de 1980. "O sex é porque sexo é bom", diz Chernobyl. "Tem a ver com a sensualidade que passamos."

A inspiração para as músicas vem do electro old school, de um toque industrial, de Miss Kittin tomando champanhe, do escritor Charles Bukowski, de raiz forte e do rock de Kurt Cobain, só para citar alguns. "Outra coisa que inspira é imaginar a Peaches dançando e se esfregando na gente num show", brinca Chernobyl. No palco, a 808 Sex surpreende com versões de favoritas como "Celebrity Skin", do Hole, e "Born Slippy", do Underworld. "São versões 'nossas', mas que não descaracterizam as canções", explica Samantha. "As pessoas dizem que nunca viram nada igual. Adoram."

E é no show que a 808 Sex mostra a que veio. Tem energia de banda e de pista ao mesmo tempo. Toca em palco, inclusive em festivais de rock, mas também direto da cabine do DJ. "O bom do electro rock é que ele agrega", lembra InferNando. Uma das últimas apresentações rolou no Bar Ocidente, quando a banda lançou o videoclipe da música "#26", que já pode ser visto no YouTube. O próximo clipe está a caminho, assim como o primeiro CD, que deve sair assim que a banda escolher uma gravadora. Sim, porque já tem gravadora interessada no 808 Sex...