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Superquadra

Rock pós-adolescente com temas universais

Adriana Alves Publicado em 16/05/2011, às 12h44

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Superquadra, de Brasília: (da esq. para a dir.) Marcelo, Jeferson, Gustavo, Zepedro, Claudio e Badá - Divulgação
Superquadra, de Brasília: (da esq. para a dir.) Marcelo, Jeferson, Gustavo, Zepedro, Claudio e Badá - Divulgação

Sem problemas em misturar ritmos diversos com letras existenciais, o Superquadra chegou à seguinte definição para sua música: "Fazemos rock adulto, que é mais ambicioso. Não é um estilo, mas uma maneira de ver o mundo além de suspiros juvenis". O autor da frase é o vocalista Claudio Bull, co-fundador da banda e ex-integrante do finado Divine, grupo referência da música underground de Brasília dos anos 90. "Quando todo mundo fazia cara de mau, a Divine era afetação glam, as letras não importavam. Não tínhamos vergonha de gostar ao mesmo tempo de dançar, pensar e vadiar", teoriza.

A banda, que financeiramente falando só rende as cervejas dos integrantes, escolheu seu nome por conta da arquitetura única de Brasília - superquadra é o nome dado a um tipo de quarteirão da Capital Federal. Mas a idéia, segundo Bull, não é ser bairrista. "Só o tempo poderá responder se de fato existe algo regional aqui. Se daqui a 100 anos for mantido este talento da cidade para assimilar pop internacional, regionalizar e influenciar gerações, aí poderemos dizer que somos uma banda da 'tradição pop internacional concreto armado'", brinca.

A história do Superquadra, que manteve as características experimentais da finada Divine, começou em 2002 com Bull e Wilton Rossi (guitarra), ambos também ex-Divine. Desde a sua fundação, o grupo teve várias formações e gravou os EPs Bagulhinho Bom (2004) e Mercúrio (2005). Com a formação atual, completada por Zepedro Gollo (guitarra e teclado), Bruno Sres (guitarra e teclado), Badá (baixo) e Jeferson Barbosa (bateria), lançaram o elogiado Tropicalismo Minimal (2006), pela Bolacha Discos.

No disco, beats espaciais e refrãos fortes com riffs marcantes e grudentos são a marca registrada. Bull é autor ou co-autor de todas as letras, nas quais faz questão de passear por diversos temas. "Brasília é nosso cenário para cantar coisas universais como corpo, amor, dor, prazer, desejo", explica. Como resultado, Tropicalismo Minimal é pop - com doces melodias em baladas como "Raios Ultravioleta" e a bela "Saída Sul" - e acelerado, como em "Atlântico". Planos para o futuro? Bull é enfático: "Tocar, tocar e tocar".