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Trio Eletro

Turbo Trio: do miami bass ao funk com conexões na Jamaica e na Europa

Alexandre Matias Publicado em 17/08/2007, às 15h46 - Atualizado em 31/08/2007, às 18h08

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Basa, BNegão e Tejo (da esq. para a dir.): enfim, a estréia - André Porto
Basa, BNegão e Tejo (da esq. para a dir.): enfim, a estréia - André Porto

Você pode não ter ouvido o Turbo Trio ainda, mas já deve ter ouvido falar dele. Afinal, o primeiro disco do projeto de música eletrônica formado pelo cantor BNegão e pelos produtores Tejo Damasceno (Instituto) e Alexandre Basa (que produziu a estréia de Black Alien) sai somente agora, mas desde o final de 2005 a banda já tinha shows feitos na Europa e mp3 para baixar em seu MySpace.

"Pra mim, o Turbo Trio começou de uma conversa que tive com o Tejo, dez minutos depois de nos conhecermos, por volta de 1998, quando ele, egresso da turma do Sul - de bandas como Ultramen, Comunidade Ninjitsu - chegou a São Paulo pra trabalhar de técnico de estúdio, com o Zé Gonzales e o Apollo 9", lembra BNegão, que então era vocalista do Planet Hemp. "Ficamos falando de som e chegamos ao assunto miami bass. Vimos que éramos ambos fãs do estilo e ficamos de fazer um projeto juntos. Nunca deixamos de falar sobre isso. Até que chegou o momento."

Tejo continua: "Eu e o BNegão sempre falávamos de fazer um projeto misturando miami bass com ragga, aí apareceu um convite pra gente tocar no festival Eurockeenes, na França, o que fez com que, finalmente, a gente trabalhasse de fato nesse projeto. Logo depois da notícia, convidamos o Alexandre Basa, que além de ser multiinstrumentista, tinha experiência em apresentações com máquinas ao vivo. Com as músicas pro show prontas, a gente definiu o nome do grupo".

Basa, que comandava as máquinas no Mamelo Soundsystem e toca flauta nos shows do Instituto, emenda: "A gente tinha três meses pra fazer tudo, um show praticamente de uma hora. Eu havia adquirido um teclado Nord Lead, muito usado na música eletrônica. Pensava em atingir uma massa maior, fazer mais barulho. Além de tudo, sempre fui consciente do efeito que a música eletrônica faz nas pessoas".

Os três já se conheciam de parcerias diferentes, mas a única colaboração como trio foi na faixa "Dorobô", no primeiro disco de BNegão, não por acaso incluída como bônus track no primeiro disco do Trio, Baile Bass (YB). O disco foi gravado em três meses, depois de muitas músicas testadas ao vivo - de casas noturnas paulistanas a festivais como Skol Beats e Rec Beat no ano passado, quando a polícia montada foi chamada para acalmar a multidão enlouquecida pelos baixos e beats.

Do miami bass à eletrônica, o trio passeou por outras vertentes da música para dançar. "O projeto na verdade começou miami bass com influências de funk carioca e música jamaicana em geral", explica Tejo. "Mas, com a entrada do Basa, a coisa foi ficando mais eletrônica, com elementos de electro, breakbeat e até house. Hoje, nem sei o que é exatamente o som do Turbo. A única coisa que une a parada toda é o nosso amor pelo grave e pelos BPMs acelerados."

"Deixamos as músicas livres e elas ganharam esse acento electro graças ao Basa", diz BNegão. "Mas as influências de ragga, hip-hop e eletrofunk estão ali. Essa é a nossa idéia pro Turbo", decreta.