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Temperatura Máxima

Barulho e intimidades marcam a primeira passagem das Donnas pelo Brasil

Carlos Eduardo Oliveira Publicado em 21/09/2007, às 18h06

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Seu nome é Maya Ford, mas pode chamar de Donna F., codinome dela e das demais Donnas. "Há muito tempo queríamos tocar no Brasil", entrega a baixista das chamadas "Ramones de saias". E que ninguém duvide do apetite rock'n'roll - anos atrás, após show no festival Lollapalooza, a moça tocou fogo em seu instrumento em pleno backstage. "É verdade", ela ri. "Eu odiava aquele baixo, achei que ateando fogo poderia melhorar o som dele." Que o digam os presentes à memorável apresentação que o quarteto fez no fim de agosto, em São Paulo.

Catorze anos de estrada e algumas gemas do barulho como American Teenage Rock'n'Roll Machine (1998) e Spend the Night (2002) contribuíram para consolidar a reputação das quatro meninas (todas têm 28 anos) de Palo Alto (Califórnia). "No começo, não estávamos nem aí", recorda Maya. "Como gostamos de Ramones, tentávamos tocar como eles. E um pouco como o Kiss, também. Daí, acrescentamos influências de AC/DC, REM, Dire Straits. Hoje, estamos mais para o classic rock." O fato de a banda já ter durado mais de uma década surpreende a elas mesmas: "Banda de garotas é sempre difícil, por isso não há muitas por aí. Há mais competição e egos à flor da pele".

A conversa termina em surreal clima de intimidade, quando pergunto a Maya sobre qual aspecto da cultura brasileira mais lhe chamou a atenção. "Eu estava curiosa pra conhecer a tal brazilian bikini wax [estilo de depilação íntima à base de cera], que as brasileiras usam muito", confessa, para logo desconversar sobre se, de fato, experimentou ou não a famosa técnica.