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Missão: Brasil

Para o Radiohead, país é prioridade em 2008

Rodrigo Salem Publicado em 09/01/2008, às 11h43 - Atualizado em 10/01/2008, às 19h58

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Phil Selway (o primeiro à esquerda) e o Radiohead: eles querem o Brasil
Phil Selway (o primeiro à esquerda) e o Radiohead: eles querem o Brasil

No dia 6 de junho de 2008, quando o castelo irlandês Malahide abrir suas portas, o Radiohead não somente estará abrindo sua excursão mundial. A banda mais comentada da atualidade dará início à chamada "Missão: Brasil". No ano em que atuarão como atração principal nos maiores festivais do planeta, o quinteto pretende levar a sério a vontade de encarar novidades. Depois de lançar In Rainbows em forma de download e pelo preço que o fã desejasse pagar, o grupo mira a turnê em países nunca visitados. Neste caso, está incluído o Brasil. "Começamos a excursionar em maio, pela América do Norte e Europa", explica o baterista Phil Selway. "Mas queremos tocar onde nunca estivemos, como Brasil e Argentina." Obviamente, essa intenção precisa rimar com agenda e uma produção de custos elevados, fatores que alegadamente sempre influenciaram na ausência do grupo pelos palcos brasileiros. "Tentamos outras vezes, porém nunca deu certo. Havia missões maiores na época", rebate, emendando a frase que o fã brasileiro gostaria de ouvir: "Agora, tocar no Brasil é a maior missão que o Radiohead tem para a nova excursão. A banda toda está esperando por isso e estamos cruzando os dedos para que dê certo".

A apresentação que o público assistiria no segundo semestre ainda não está pronta, uma vez que os músicos atualmente ensaiam em Oxford (Inglaterra). A estrutura dorsal da turnê será baseada em In Rainbows, mas cada subida ao palco terá mais de duas horas de duração e, raramente, o mesmo set list. "Tocamos juntos há 20 anos. Precisaremos encaixar sete álbuns e lados B, mas o bom é trabalhar o novo material para funcionar ao vivo", diz Selway. "As músicas ganham vida própria."

A empolgação soa genuína e só existe porque o Radiohead faz questão de não pensar dentro dos limites impostos por gravadoras, fãs ou eles mesmos. "Olhando para trás e vendo hoje as direções que tomamos, não imagino um caminho diferente. Ainda é muito desafiador e fantástico estar no Radiohed", anima-se Selway. A estrutura de criação, de marketing e até familiar dos músicos ingleses mais se parece com a de uma banda de garagem que chegou lá fazendo tudo do seu jeito. "Não somos a maior banda de garagem. Somos uma banda de escola", desvia o baterista. "E olha que nem somos a maior banda de escola do mundo. Existe o U2."