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Tetris

Direto da zona franca do rock

Bruno Dias Publicado em 11/02/2008, às 11h24 - Atualizado às 15h07

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Em sentido horário: Luiz (camisa listrada), Daniel, Ricardo e Matheus (camisa vermelha) - Divulgação
Em sentido horário: Luiz (camisa listrada), Daniel, Ricardo e Matheus (camisa vermelha) - Divulgação

Tudo no tetris, banda do Amazonas, remete a novidade. A começar pela faixa etária de seus integrantes - Ricardo (bateria), 21; Matheus (vocal e guitarra), 20; Luiz (baixista), 19; e Daniel (guitarrista), 18 anos -, às influências de grupos igualmente novos, como The Strokes, Libertines e White Stripes. Este último, inclusive, deixou marcada na região uma apresentação antológica no Teatro Amazonas. "Eu estava com o ingresso mas não pude ir, tive que ir ao aniversário de minha avó. O Jack White saiu do Teatro, foi lá fora tocar só com o violão para a galera que não pôde entrar. Puta atitude", relembra o baixista Luiz Lee. Já as semelhanças com sonoridade dos nova-iorquinos do Strokes geraram discussões em comunidades na internet ligadas ao Tetris, algo que já foi superado pelo grupo. "Já tivemos que lidar muito com isso antigamente, mas conseguimos resolver bem essa questão."

Há pouco mais de um ano, o Tetris desbrava o Norte do país em uma disputa (quase) desleal com grupos de forró, tecnobrega e calipso. "É bem difícil, mas não digo que é devido aos ritmos regionais, sabe? Aqui tem muita gente que escuta outras coisas além do 'regional'. O que falta mesmo é a galera dar valor ao rock feito aqui. Existem umas 15 casas de forró. Já as de rock, conto nos dedos", lamenta Lee.

Mesmo sem ter lançado o primeiro disco, previsto para meados de 2008, os garotos de Manaus já tocaram em importantes festivais independentes da região, como Casarão (RO) e Varadouro (AC), que serviram para chamar a atenção de produtores de outros cantos do Brasil. "Esses festivais são de imensa importância, pois existe aquele intercâmbio musical e cultural", teoriza Luiz. "Como temos pouco tempo de estrada, só tocamos em alguns desses eventos, mas já recebemos convites bem interessantes. Queremos gravar o nosso primeiro CD e tocar muito por aí."