Rolling Stone
Busca
Facebook Rolling StoneTwitter Rolling StoneInstagram Rolling StoneSpotify Rolling StoneYoutube Rolling StoneTiktok Rolling Stone

Redenção Sincera

Fresno grava disco, se livra do hardcore e se declara pronto para abraçar o pop

Paulo Terron Publicado em 09/04/2008, às 15h33 - Atualizado em 15/05/2008, às 17h37

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Lucas (o segundo da esq. para a dir.) e o Fresno: sem medo do pop
Lucas (o segundo da esq. para a dir.) e o Fresno: sem medo do pop

Toda banda gosta de dizer que vai mudar de som em seu próximo disco. Mas, no caso do quarteto gaúcho Fresno, a história parece ser uma necessidade. "A gente se livrou do hardcore", diz o vocalista Lucas Silveira. "Esse estilo, dez anos atrás, era adulto. Hoje, o fato de você ser identificado nesse rótulo já causa preconceito. Agora descobrimos uma música que é verdadeiramente nossa, livre dessa influência."

Uma pista de como será o álbum Redenção veio na faixa "Polo", lançada no projeto MTV ao Vivo 5 Bandas de Rock (2007): uma mistura de teclados com samplers, mas sem ofuscar a identidade do grupo.

O CD/DVD ao vivo também foi o primeiro passo da parceria com o selo Arsenal, de Rick Bonadio (que produz o disco ao lado de Rodrigo Castanho e Paulo Anhaia). Antes de assinar com o selo (que tem distribuição da Universal), o Fresno lançou três discos independentes e rodou o país em quase uma década de estrada. "O underground é um estágio que toda banda deveria ter feito. Tu acaba dando valor às coisas", diz o vocalista. "No underground tu é muito conhecido, não consegue dar um passo na Galeria do Rock em uma sexta-feira, só que não ganha nenhum. É a fama não remunerada."

Além de regravações de "Polo" e "Alguém que Te Faz Sorrir", Redenção traz mais 11 músicas - incluindo "Europa", "Milonga" (a mais triste, segundo Lucas) e a faixa-título, que fala sobre levar a namorada para um passeio clássico de Porto Alegre: uma volta pelo Parque da Redenção, aos domingos.

O novo trabalho, diz o cantor, também usa mais sons eletrônicos. "No Brasil, o teclado estava fora de moda. Ele abriu novas portas para a gente." E, para o futuro, Lucas e sua banda planejam finalmente quebrar a barreira entre alternativo e popular: "Se alguém tem de fazer pop-rock e ser renomado, que sejamos nós! É o que falta: uma banda que esteja no pop, mas tenha uma raiz sincera".