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O Império contra-ataca

Orquestra Imperial prepara estréia em CD só com inéditas

Bruno Natal Publicado em 16/08/2007, às 15h54 - Atualizado em 31/08/2007, às 14h26

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Rodrigo Amarante e Thalma de Freitas: o Alf no colo é o detalhe - Caroline Bittencourt
Rodrigo Amarante e Thalma de Freitas: o Alf no colo é o detalhe - Caroline Bittencourt

Após mais de 100 bailes pelo Brasil e no exterior (em Londres, Portugal e Estados Unidos) promovendo do samba-canção ao cha-cha-cha, a Orquestra Imperial finalmente entrou em estúdio para gravar seu primeiro disco. Não se trata de uma simples transposição do repertório de versões tocadas nos shows para o CD - será um disco de inéditas. Formada por músicos cariocas, entre eles Rodrigo Amarante, Moreno Veloso, Thalma de Freitas e Domenico Lancelotti, a Orquestra Imperial começou como uma brincadeira. "Era a pelada da galera", define Berna Ceppas, produtor e co-fundador do grupo. Kassin, o outro fundador, concorda. "A gente não achava que iria fazer um disco. A Orquestra foi montada para fazer apenas quatro shows no [extinto] Ballroom. Foi por isso que todo mundo topou."

A brincadeira cresceu. Com o título provisório de Carnaval Só no Ano que Vem, o disco sairá no início de 2007, pelo selo Ping-Pong, de Berna e Kassin. Terá cerca de 12 músicas, a maioria resultado de parcerias entre membros da banda, com arranjos de Felipe Pinaud. "Todos nós achávamos que não valia a pena fazer um disco com regravações, tipo banda cover", explica Kassin. Entre as escolhidas estão "Iara" (Nelson Jacobina e Tavinho Paz), conhecida dos shows, "Ereção" (criação coletiva do grupo com Sandra Sá), "Jardim de Alah" (Moreno Veloso) e "O Mar e o Ar" (Amarante, Domenico e Kassin), influenciadas pelo repertório da própria Orquestra. A sonoridade é a mesma que já se conhece.

Complicado, só mesmo coordenar as agendas dos atuais 18 integrantes da Orquestra para gravar e mixar em apenas três semanas. Além de Kassin e Berna, Mario Caldato, amigo da dupla e mais conhecido pelos trabalhos com Beastie Boys, Marcelo D2 e, recentemente, Marisa Monte, assina a produção. "Foi tudo gravado ao vivo, todos tocando juntos, menos os metais. Só refizemos um ou dois erros, 98% ficou do jeito que estava", detalha Caldato.

A edição internacional do disco incluirá algumas das versões dos bailes da Orquestra Imperial, como a dobradinha "Obsessão" (Mirabeau e Milton de Oliveira) e "Sem Compromisso" (Geraldo Pereira e Nelson Trigueiro), tida como a primeira música do conjunto, escolhida por Seu Jorge no camarim do primeiro show, quando ele ainda fazia parte do grupo.