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Pós-"Crazy"

Cee-lo, do Gnarls Barkley, fala sobre novo disco e comenta a natureza da genialidade

Austin Scaggs Publicado em 07/05/2008, às 18h28 - Atualizado em 04/08/2008, às 18h11

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A voz do Gnarls Barkley: "Me deixe gravar pensando que também sou um gênio" - Rose Lherisson
A voz do Gnarls Barkley: "Me deixe gravar pensando que também sou um gênio" - Rose Lherisson

"No nosso primeiro álbum, botei tudo no papel", diz o cantor Cee-lo, uma das metades do duo de soul psicodélico Gnarls Barkley, a respeito de seu debut na música, St. Elsewhere. "Já no segundo, preferi entrar no estúdio e deixar rolar". O resultado é The Odd Couple, mais um álbum de funks horripilantes e R&Bs viajantes apresentando a persuasão rouca de Cee-lo e a vibrante produção de Danger Mouse. Com sua carreira revitalizada graças ao sucesso do Gnarls, Cee-lo, 33, planeja um álbum solo e uma reunião com seu grupo de hip-hop, Goodie Mob.

As pessoas te pedem para compor outra "Crazy"?

"Crazy" não foi uma estrela, foi um cometa. Já passou. Não tem como tentar duplicar. Por Deus, a música tem um recorde no Guinness Book. O limite foi alcançado. Vamos deixar desse jeito. Em alguns anos, algum artista novo vai aparecer e fazer algo igualmente inspirado e maravilhoso. Mas a gente não vai tentar fazer isso. Vamos abrir esse espaço para outras pessoas.

The Odd Couple começa e termina com o som de um projetor. Você compararia este álbum a que filme?

Teria que ser Pulp Fiction (1994). A estrutura é parecida com o jeito que o Tarantino junta as narrativas, como peças de um quebra-cabeça.

Agora você tem um rancho. Gosta da natureza?

Cara, sou fã da natureza. Gosto de sair para andar, mas a ironia é que pode ter um cheeseburger guardado na minha mochila. Gosto de tudo. Sou muito tranqüilo. O que rolar tá bom.

Em "Whatever", você diz que não tem amigo nenhum. É verdade?

Não totalmente. Mas não tenho muitos amigos. Há mais gente sendo amistosa comigo agora. Esta música é mais sobre uma parte da infância que todos nós passamos. Sabe como é, renegados, fumando no banheiro. É meio de zoeira, mas não fica muito longe da verdade.

Como soa seu álbum solo?

Me lembra algo que Barry White faria. Sou o cara grandão de voz melodiosa. Sou o romântico incorrigível.

Você chamou Danger Mouse de gênio. Como se define um gênio?

Quando você diz a palavra gênio, se refere a algo que é nato. Está literalmente escrito no DNA da pessoa. É a habilidade de desenvolver essa energia, a capacidade de fazer algo. Deixa só eu registrar que sou um gênio também.

Registrar na entrevista?

Estou brincando. Não, não estou.