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Insegura, Lily Allen prepara disco "travesso" Álbum: Stuck on the Naughty Step Previsão: 2009

Gavin Edwards Publicado em 07/08/2008, às 18h33

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Parece que eu fiz alguma coisa que não deveria e me safei", diz Lily Allen, sorridente e com os cabelos cor-de-rosa. Ela está falando sobre seu álbum de estréia de grande sucesso, Alright, Still (2006). Tudo bem, mas o sentimento cobre toda a sua carreira. "Eu larguei a escola aos 15 anos. Não sou uma compositora genial. Acho que na verdade eu não sou muito boa em nada."

Lily chegou a Los Angeles uma semana antes, para finalizar as gravações de seu segundo álbum, que deve sair somente em 2009. Desde novembro passado, ela trabalha de maneira esporádica com o produtor Greg Kurstin. Ela conta que os dois já prepararam quase 20 músicas, mas se diz não preparada para escolher suas preferidas. "Sinto que preciso de mais duas para dar sentido ao conjunto das outras", ela diz. O título em que ela está pensando? Stuck on the Naughty Step (em uma tradução aproximada: empacada no cantinho do castigo). "Na Inglaterra, quando uma criança faz uma coisa errada, é mandada para o naughty step", ela explica. "Para ficar lá pensando sobre o que fez, sabe como é? Sinto que estou empacada em um buraco e as pessoas ficam dizendo: 'Lily, você foi maldosa. Vá lá refletir sobre o que aprontou'."

Allen acredita que sua imagem pintada pelos tablóides é depravada e desmerecida. "Quem, com 23 anos, nunca desmaiou de tanto beber? A diferença é que eu por acaso sempre sou seguida por fotógrafos. Não bebo desde que cheguei aqui a Los Angeles, e acordo todos os dias às 8h."

As músicas do novo disco começaram a ser compostas ao piano. "Greg constrói os acordes e vou cantando junto e invento a letra", ela conta. "Depois, quando temos a canção crua, decidimos que tipo de produção vamos fazer." Com base em uma amostra de sete demos, o álbum soa mais electropop e menos com jeito de ska do que Alright, Still. Entre, os destaques estão "Everyone's at It", com sintetizadores e Lily tocando xilofone; "He Wasn't There", que fala de seu pai ausente com uma levada jazz; e "Not Fair", um country animado sobre um amante inadequado.

"Estou morrendo de medo do que as pessoas vão dizer", ela diz. "Não sei por quê. Algumas pessoas vão gostar, outras não. Se as pessoas odiarem, então vou experimentar outra coisa." Ela já escolheu sua carreira para quando deixar de ser cantora: "Eu realmente gostaria de ser relações artísticas de uma gravadora. Adoro ir a shows".