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Exterminador Insano de MCs

Revelação do rap nacional, E.M.I.C.I.D.A., mostra o verdadeiro do-it-yourself

Por Cirilo Dias Publicado em 07/08/2009, às 16h39

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O MC acaba com as rimas ruins - ÊNIO CEZAR
O MC acaba com as rimas ruins - ÊNIO CEZAR

Quem cruza o caminho de Leandro Roque de Oliveira nem desconfia que o garoto magrelo e de olhar tranquilo tem uma especialidade, ou melhor, um dom: o de exterminar MCs. E foi dessa habilidade com as palavras que o homicida do rap ganhou dos amigos a alcunha de E.M.I.C.I.D.A., sigla para Enquanto Minha Imaginação Compuser Insanidades Domino a Arte.

"No começo não tinha esses pontinhos, depois que eu transformei na sigla", diz Oliveira, enquanto aprecia o jantar, nas proximidades da estação Tucuruvi do metrô, Zona Norte de São Paulo (SP).

Em uma busca no YouTube é possível saber quais foram as armas que fizeram a fama do paulistano nas batalhas de MCs: sagacidade, ironia e astúcia. "Minha primeira batalha foi quando eu tinha uns 17 anos, numa rádio de rap de uns amigos. Era moleque ainda e cheguei todo cheio de panca. Quando fui ver, era o MC Kamau. Tremi na hora [risos]. Sempre admirei o trampo do cara né?", revela.

Hoje, aos 23 anos, Leandro deixou as batalhas um pouco de lado para gastar sua munição no disco de estreia, Pra Quem Já Mordeu um Cachorro por Comida, até que Eu Cheguei Longe, lançado pelo seu selo Laboratório Fantasma, gravado em parceria com amigos como DJ Nyack, Slim Rimografia e Nave, e que já vendeu mais de 3 mil cópias, tudo na base do boca a boca . Detalhe: Oliveira faz questão de vender o disco de mão em mão, por apenas R$ 2. É assim, controlando a sua música com rédea curta, que o E.M.I.C.I.D.A. garante que ela chegue ao lugar certo, evitando que o "hype" supervalorize seu trabalho. "Já aconteceu de eu deixar uns discos em uma loja. Voltei depois de uma semana, e os caras estavam vendendo o disco por 15 reais. Fui lá e peguei todos de volta."