Rolling Stone
Busca
Facebook Rolling StoneTwitter Rolling StoneInstagram Rolling StoneSpotify Rolling StoneYoutube Rolling StoneTiktok Rolling Stone

Avril Lavigne

Redação Publicado em 05/04/2011, às 15h53 - Atualizado às 15h53

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Divulgação
Divulgação

Avril Lavigne

Goodbye Lullaby

Sony

Estrela busca maturidade musical, mas ainda não consegue deixar para trás o universo adolescente

Quase dez anos após vender milhões de cópias com Let Go, Avril Lavigne tenta provar que aquela garotinha revoltada cresceu. Goodbye Lullaby, seu quarto trabalho, chega ao mercado após uma considerável turbulência. Inicialmente o disco seria lançado em novembro de 2009, mas a gravadora “pediu” que a cantora tornasse o trabalho mais urbano. O resultado é um álbum irregular. “What the Hell”, primeiro single, soa íntimo ao retratar sua separação com Deryck Whibley – que assina a produção de oito faixas de Goodbye Lullaby. Mesmo assim, a canção se perde em meio a um refrão desnecessário. “Push”, ao explorar as dinâmicas de um relacionamento, traz refêrencias a elementos que ajudaram a construir seu primeiro trabalho: riffs leves e letras açucaradas. Questionamentos e simplicidade marcam “4 Real” e “Remember When”, que não devem nada a estrelas contemporâneas como Katy Perry e Taylor Swift. Já “Stop Standing There”, “I Love You”, “Everybody Hurts” e “Not Enough” inauguram uma sequência cansativa de baladas que evidenciam o contraste entre a tentativa de soar adulta com uma rebeldia adolescente ainda presente. Marcado por violões e letras autobiográficas, Goodbye Lullaby tenta desesperadamente compartilhar um interior artístico ainda longe de estar completamente formado. E deixa claro que, apesar de mais prudente, a cantora ainda não consegue se libertar de sua alma adolescente.

MURILO BASSO