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Revelação, o grupo Caldo de Piaba ignora a diferença entre pop e popular

Por Alex Antunes Publicado em 14/04/2010, às 13h50

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O trio instrumental quer expandir seus horizontes - Divulgação
O trio instrumental quer expandir seus horizontes - Divulgação

A expressão "caldo de piaba" é depreciativa no Acre: costuma ser usada para sacanear algo ralo, sem substância. Mas com Caldo de Piaba, o trio, a coisa engrossa. Junte um tanto de funk, de psicodelia, de lambada acriana, jazz, guitarrada paraense, samba-rock, cumbia peruana e outros troços... E misture até ficar universal. Pronto. Você terá uma banda que não é fácil (porque é instrumental e improvisada) nem difícil (porque é muito comunicativa). Que não é autoral (porque mistura música dos outros ao seu som) nem deixa de ser (porque consegue traduzir tudo para seu dialeto próprio, de Beatles a João Donato, de Tim Maia a Os Incríveis).Que é rock (na intensidade), mas é baile (na dançabilidade). A ideia era despretensiosa, quando Saulinho (guitarra, também do Filomedusa), Eduardo di Deus (bateria) e Arthur Miúda (baixo, também do Mapinguari Blues) se reuniram. Mas a banda tomou o imaginário local de assalto desde o primeiro show em Rio Branco. "Foi uma surpresa a receptividade", diz Di Deus. Depois de um giro por algumas cidades locais com o projeto Piaba no Kombão, mostrando seu viés popular em praça pública, e a consagração roqueira no festival Calango (Cuiabá) e no Fórum da Cultura Digital (São Paulo), o Piaba se prepara, em 2010, para circular pelos festivais do país. "Estamos pensando em incrementar os arranjos com outros instrumentos, como percussão e bandolim", especula Saulinho. Então mistura e manda.