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Sai o Soul, Entram os Sintetizadores

Para novo disco, Mark Ronson abandona o estilo Motown e abraça os teclados

Por Pedro Henrique Araújo Publicado em 14/04/2010, às 13h46

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Mark Ronson agora se dedica ao som das teclas - Guy Eppel
Mark Ronson agora se dedica ao som das teclas - Guy Eppel

Desde que produziu o álbum Back to Black, de Amy Winehouse, em 2006, Mark Ronson ficou conhecido como o cara que trouxe o soul estilo Motown para a música pop. Mas no meio do ano passado, enquanto trabalhava no próximo álbum do Duran Duran, Ronson desenvolveu um novo fascínio. "Por trabalhar com Nick Rhodes, acabei curtindo muito os teclados", diz Ronson, gesticulando na direção dos sintetizadores que o cercam no Downtown Music Studios, em Manhattan, onde está terminando seu próximo álbum. "Há um Giorgio Moroder bem raro que usei. O disco meio que soa como se uma banda dos anos 70 tivesse recebido um CD do Daft Punkpelo correio, vindo do futuro."

O primeiro álbum solo de Ronson, Version, de 2007, apresentava o DJ e produtor reinterpretando canções como "Just", do Radiohead, e "Oh My God", do Kaiser Chiefs, com a ajuda de cantores como Alex Greenwald, do Phantom Planet, Amy Winehouse e Lily Allen. Para seu novo trabalho, Ronson se reuniu com alguns dos colaboradores de Version (Dave McCabe, do Zutons e Nick Hodgson, do Kaiser Chiefs, escreveram algumas músicas), bem como com gente nova: um jovem MC de Atlanta, chamado Pill, abre o álbum; Rose Elinor Dougall, ex-integrante do grupo feminino britânico Pipettes, contribui com os vocais no sexy electro, ao estilo Lady Gaga, "You Gave Me Nothing." "Não sou um cantor e compositor que pode sentar com um violão e compor 12 músicas", diz Ronson. "Sou produtor. Meu processo vem da inspiração que tenho ao trabalhar com outras pessoas."

Ronson começou a trabalhar no disco em julho, fazendo jams em um estúdio no Brooklyn com sua banda - que conta com membros do Dap- Kings e do Antibalas. "Acabei abandonando os metais, as guitarras e o arranjo orgânico estilo anos 60", conta. "Em certo ponto, tive de traçar um limite na minha mente e dizer 'Isso aqui não é a mesma coisa que fiz da última vez'."